CONFIRA quem são os candidatos a vice-governador de Mato Grosso do Sul

Seis candidatos deverão disputar o governo do Estado nas urnas no dia 7 de outubro, conforme o resultado das convenções estaduais partidárias realizadas neste fim de semana. Das seis chapas, apenas a do ex-prefeito Humberto Amaducci (PT)  e do ex-vereador Marcelo Bluma (PV) já tinham um vice escolhido antes do fim de semana.

Os outros quatro vices foram anunciados nas convenções. Alguns deles pegaram até partidários de surpresa, como o procurador Sérgio Harfouche (PSC), que anunciou a desistência de concorrer ao cargo de governador no sábado (4) e passou a ser candidato a vice na chapa da senadora Simone Tebet (MDB).

O vice-governador tem uma função estratégica à administração pública, substituindo imediatamente o titular em caso de eventual ausência do governador, e o representando em missões designadas pelo chefe do Executivo.

Sérgio Harfouche (PSC)

Vice na chapa de Simone Tebet (MDB), Harfouche (PSC) entrou na pré-campanha com a intenção de disputar o Senado e depois desistiu da ideia a convite do partido, dando início a uma curta caminhada na disputa pelo governo do Estado, que se encerrou no sábado quando anunciou a parceria com o MDB.

O procurador trabalha há 25 anos no MP-MS (Ministério Público Estadual). Na maior parte desse período, Harfouche foi promotor de Justiça, tendo atuado nas varas Criminais, da Família e principalmente da Infância e Juventude.

Harfouche ganhou maior visibilidade após a polêmica em torno da “Lei Harfouche”, como ficou conhecida uma proposta que determinava punições para alunos indisciplinados, que vandalizassem a sala de aula ou desrespeitassem professores. A Lei foi sancionada este ano pela vice Rose Modesto (PSDB).

O procurador se licenciou do cargo para poder participar da disputa eleitoral. Quando promotor de Justiça da Infância, Harfouche foi presidente do Cead (Conselho Estadual Antidrogas) e membro do Conad (Conselho Nacional Antidrogas).

Murilo Zauith (DEM)

Vice na chapa para reeleição do governador Reinaldo Azambuja (PSDB) e presidente regional do DEM, Murilo Zauith foi anunciado como o escolhido para a chapa durante a convenção do PSDB de sábado, mas a parceria entre tucanos e democratas já era considerada há meses.

Murilo já foi vice-governador do Estado entre os anos de 2007 e 2010, durante o primeiro mandato do ex-governador André Puccinelli (MDB). Antes disso, o ex-prefeito de Dourados já havia sido deputado estadual (1995-2003) e federal (2003-2007).

Em março deste ano, o ex-prefeito deixou o PSB, partido ao qual tinha se filiado em 2011, e voltou ao DEM, recebendo a presidência do partido. 

Murilo foi o primeiro diretor da Unigran (Centro Universitário da Grande Dourados), assumindo posteriormente o posto de presidente de honra da instituição.

Lucilene Maria (PT)

A candidata a vice na chapa do ex-prefeito Humberto Amaducci (PT) foi anunciada ainda em junho pelo Partido dos Trabalhadores. Ela foi a primeira vice a ser oficializada por um dos partidos que disputam as eleições deste ano, e uma das únicas a integrar chapa pura na disputa.

Lucilene é advogada e militante de movimentos sociais em Três Lagoas, atuando no movimento de Mulheres Dorcelina Folador e na Pastoral do Imigrante, junto à Diocese do maior município da região do Bolsão.

A advogada também é professora de Geografia e integra o grupo “Juristas pela Democracia em MS”, braço regional da ABJD (Associação Brasileira de Juristas pela Democracia).

Segundo petistas, Lucilene encabeçou movimentos de mulheres de policiais militares na década de 1990, durante o governo de Wilson Barbosa Martins, que protestaram contra os baixos salários pagos aos integrantes da corporação.

Marcos Vitor (PRB)

Vice na chapa do juiz federal Odilon de Oliveira (PDT), a escolha do bispo Marcos Vitor se deu no domingo (5), após uma reunião no sábado (4) do PDT que definiria se escolheria Marcos ou sua esposa, a bispa Adriana Vitor (PRB), como vice.

A escolha ficou a cargo do PRB. Segundo o presidente regional do partido, o pré-candidato a deputado federal Wilton Acosta (PRB), a escolha do bispo Marcos Vitor se deu pela influência do religioso junto ao segmento evangélico em Dourados.

Marcos é bispo da Igreja Sara Nossa Terra em Dourados, junto da esposa, e também presidente do Conped (Conselho de Pastores de Dourados). Antes do religioso se tornar vice junto a chapa do PDT de Odilon, o posto tinha indicação da radialista Keliana Fernandes (PROS).

Ana Maria Bernardelli (REDE)

Bernardelli foi a segunda vice a ser confirmada por uma chapa estadual, junto ao candidato ao governo Marcelo Bluma (PV). A oficialização da candidatura ocorreu em uma convenção conjunta entre Rede, PCdoB e PV, neste sábado (6).

A escolha da vice partiu da Rede, após um acordo com o PV e PCdoB. Ana Maria Bernardelli é professora e poeta, e já recebeu a medalha “Celina Martins Jallad”, entregue pela Câmara Municipal de Campo Grande.

Em dezembro do último ano, Bernardelli lançou o livro “101 Reivindicações”, um estudo sobre a influência da linguagem do poeta Manoel de Barros sobre a criação literária de Mato Grosso do Sul, junto ao professor Fábio Gondim.

Diná Freitas (PSOL)

A última vice a ser confirmada foi Osvaldina Maria de Freitas, ou Diná Freitas (PSOL), na chapa com o candidato a governador João Alfredo Danieze (PSOL). O anúncio foi feito durante a convenção dos socialistas, no domingo (5).

Diná Freitas é moradora há mais de vinte anos do Assentamento Nova Querência, trabalhando principalmente na luta da agricultura familiar. Assim como Danieze, a educadora é nascida em Ribas do Rio Pardo.

Atualmente, a candidata a vice mora em Terenos. Ela já presidiu o Sindicato de Trabalhadores Rurais de Terenos e foi integrante eleita da Secretaria dos Trabalhadores do Campo do PSOL.