Os dez secretários estaduais nomeados pelo governador Reinaldo Azambuja (PSDB), o controlador-geral do Estado e o procurador-geral do Estado entregaram uma carta de demissão ao líder do executivo estadual. Após especulações sobre quem deixaria e quem permaneceria na estrutura administrativa, os secretários resolveram deixar os cargos espontaneamente para que o tucano tivesse liberdade em escolher a nova estrutura, em vigor a partir de 2019.

“É com tranquilidade que fazemos isso. Já era previsto que ele trocasse a estrutura administrativa, então é até um ato de gratidão nosso entregar esse pedido de demissão”, conta o secretário Athayde Nery, de Cultura.

“É a prova de que o governador teve um projeto vitorioso, que deu certo. E sem dúvida é um novo ciclo que se abre na próxima administração”, relatou.

A carta foi entregue, mas as exonerações devem ser realizadas como de praxe no dia 31 de dezembro deste ano. Nesta semana, o governador deve encaminhar à Assembleia Legislativa o projeto com a nova estrutura do governo.

Mudanças

Entre as mudanças já sinalizadas estão a Agência Sustentável de Desenvolvimento Econômico de Mato Grosso do Sul, que deve ser criada para que o senador Pedro Chaves (PRB) assuma o cargo.

O senador chegou a desfazer uma aliança com o PDT nas eleições para apoiar a reeleição de Reinaldo, gerando um processo de expulsão dele do partido, o PRB.

Reinaldo deve ainda acomodar o tucano Geraldo Resende na Secretaria Estadual de Saúde e fazer mudanças na Cultura e Educação. Nenhuma das informações, no entanto, são confirmadas pela equipe que estuda a reestruturação do governo.

Em novembro, o secretário de Governo Eduardo Riedel afirmou que o governo já era ‘muito enxuto’ para que houvesse reformulação de secretariado, com apenas 10 secretarias. “Existirão mudanças, mas elas serão pontuais”, disse na ocasião.