O que as nuvens de palavras revelam nos planos de Governo dos candidatos em MS?

Os seis planos dos candidatos ao governo do Estado de Mato Grosso do Sul nessas eleições já estão disponíveis para consulta e avaliação do eleitor. As propostas, que incluem arquivos de texto de 5 e até 50 páginas mostram as ideias de cada candidato para as áreas de Saúde, Segurança, Emprego, Mulher, Servidores, Educação e Meio Ambiente.

Em gráfico de nuvem de palavras, o Jornal Midiamax mostra para o eleitor as expressões mais presentes nos planos registrados pelos candidatos no TRE-MS (Tribunal Regional Eleitoral de Mato Grosso do Sul), por meio do Divulgacand, ferramenta que mostra desde a idade dos candidatos até mesmo o patrimônio declarado.

Nas propostas, há menção do que pode ser feito. Para partidos que já administraram o executivo estadual, muito uso da palavra ‘retomar’, mostrando programas das gestões que foram deixados de lado.

Humberto Amaducci – No contexto de políticas públicas, o PT é quem mais faz menção a expressão, surgindo 79 vezes no plano registrado. Educação, Saúde, Emprego, Família e Mulher também são as palavras mais citadas.

João Alfredo – O plano do Psol destaca as políticas públicas e a palavra Mulher tem a segunda maior frequência, destacando o projeto voltado para a igualdade de oportunidades a ser desenvolvida e apoiada pela gestão do partido.

Juiz Odilon – No PDT, Saúde, Educação, Polícia e Segurança aparecem em primeiro plano, sem deixar de lado as metas para Emprego, Família e Meio Ambiente.

Junior Mochi – Enxuto, o programa de 15 metas do MDB tem destaque para a Família, a geração de Emprego e ao vocábulo ‘retomar’, fazendo menções aos programas das gestões emedebistas no Estado.

Marcelo Bluma – Políticas públicas, Saúde, Educação e Segurança são as palavras mais encontradas no plano de governo do PV.

Reinaldo Azambuja – Emprego, política, transparência e segurança são as palavras que mais se destacam no plano de governo tucano.

Governo online, home office e telemedicina

As coligações também se preocuparam em mostrar nos planos novas ideias para a gestão. O plano do PT resgata o histórico de cassação da presidente Dilma Rousseff, a prisão do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva e até mesmo as mudanças com a reforma trabalhista, que congelaram o orçamento pelos próximos 20 anos, para explicar as propostas da sigla.

“Resgatar e aprimorar as políticas e programas dos Governos Zeca do PT e também estadualizar programas de Lula e Dilma. Os governos do PT em MS implementaram um conjunto de programas inéditos que concretizaram o papel do Estado no enfrentamento da miséria e da fome, o fortalecimento da agricultura familiar e da economia solidária e a garantia de direitos universais (saúde, educação, assistência social, moradia, alimentação, cultura). Eles foram tão exitosos que os governos conservadores de 2007 a 2018 mantiveram parte deles”.

O Psol apresenta um diagnóstico resumido do que entende que precisa ser mudado na gestão estadual no seu plano de governo. Como metas, promete cumprir a constituição estadual e aponta possíveis caminhos para a mudança, que o partido chama de ‘Plano de Esperança’.

“Políticas públicas intensas, com proteção aos direitos sociais; Campanhas constantes de combate à discriminação baseada em gênero, raça/etnia e orientação sexual, fortalecendo o papel da mulher; Implantação de um plano Estadual (e estímulo aos Municípios) para o enfrentamento à exclusão social, incluindo a desigualdade de gênero junto às demais políticas públicas do Governo, e Incluir a redução de desigualdade como uma política de Estado e, não, de governo”.

O PDT propõe integração, transparência e modernização da gestão pública. Na área da Saúde, defende ampliar e reestruturar a regionalização da saúde, fortalecendo as regiões com equipamentos e médicos, inclusive com a ‘telemedicina’.

“Promover a consulta, o diagnóstico e monitoramento de pacientes à distância, indicando melhores práticas e condutas de tratamento, promovendo qualidade e agilidade e inovação tecnológica médica. Tudo isso se traduz numa diminuição de tempo entre a realização do exame e a obtenção de resultados, ou entre o atendimento médico e o diagnóstico feito pelo especialista. Ação que será efetivada nas unidades de saúde e nos presídios”.

O MDB destaca 15 metas, mesma estratégia usada nas últimas eleições do partido, para mostrar as propostas da sigla. Entre elas, o governo online, reduzindo o número de funcionários nas secretarias e reserva de 20% dos cargos comissionados para os servidores de carreira.

“Menos imposto, mais emprego. – Trocar imposto por emprego com a atração de novas empresas para todas as regiões do Estado. Apoio e fortalecimento da atividade econômica familiar rural e urbana. Valorização do trabalho feminino com o combate às diferenças salariais. Programas de incentivo ao primeiro emprego (jovens) e à melhor experiência (idosos). Retomar o Banco da Gente para financiar o micro empreendedor”.

O PV sugere uma administração participativa, de política sustentável e de combate à corrupção, além da segurança alimentar no Estado.

“Ampliar as ações existentes no estado voltadas para a segurança alimentar e nutricional. Estimular a ampliação da produção de alimentos orgânicos no espaço territorial estadual subsidiando programas educacionais de hábitos alimentares saudáveis e consumo sustentável. Estimular a realização de ações voltadas para a educação alimentar e o consumo sustentável nos espaços públicos do estado”.

O mais extenso da campanha, o do PSDB, com 50 páginas, aponta desde adequação térmica nas salas de aula, a indústria 4.0 e tornar MS o maior destino do Ecoturismo do país.

“Nos orgulhamos de realizar investimentos em todos os 79 municípios do estado, pois entendemos que o cidadão não pode ser prejudicado caso não haja relacionamento positivo entre estado e município. Ao contrário, dialogamos com cada prefeito, ouvimos suas necessidades e estabelecemos as parcerias necessárias para que os investimentos fossem realizados: pavimentação de ruas e rodovias, obras de saneamento, construção de moradias, inauguração de empreendimentos, apoio à produção da agricultura familiar, dos quilombolas e população indígena”.