João Maria Lós relembra ‘grande conhecimento’ e espírito alegre de Romero Lopes
Ex-presidente do TJMS (Tribunal de Justiça de Mato Grosso do Sul), o desembargador João Maria Lós compareceu ao enterro de Romero Osme Dias Lopes, amigo de quatro décadas e que faleceu ontem, terça-feira (3), e destacou inúmeras qualidades do magistrado. “Era um homem do seu tempo sempre atualizado e sempre se modernizando. E sempre alegre, […]
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Ex-presidente do TJMS (Tribunal de Justiça de Mato Grosso do Sul), o desembargador João Maria Lós compareceu ao enterro de Romero Osme Dias Lopes, amigo de quatro décadas e que faleceu ontem, terça-feira (3), e destacou inúmeras qualidades do magistrado.
“Era um homem do seu tempo sempre atualizado e sempre se modernizando. E sempre alegre, essa era a grande característica do Romero. A exceção era durante o trabalho. No momento do trabalho aí ele levava muito a sério. Uma condução reta e muito digna. Uma pessoa muito estimada e muito querida. Vai fazer muita falta para a gente”, lamentou Lós.
O ex-presidente lembrou que trabalhou por 15 anos ao lado de Romero no Fórum, e que conheceu Dias Lopes quando começou na magistratura, há quase 40 anos.
Lós também destacou o que chamou de ‘grande conhecimento de direito’ colega, e chamou a atenção para o espírito alegre e brincalhão de Romero, que despertava empatia e grande estima por parte de amigos e colaboradores do judiciário estadual.
“Uma vez ele publicou uma foto desembargador Nildo, que era presidente do Tribunal na época, e um jacaré indo na direção do desembargador. Aí ele publicou uma foto que dizia ‘diante dessa cena, metade do Judiciário tava torcendo para o jacaré e a outra metade torcendo contra o desembargador’. Porque abria uma vaga no tribunal [risos]”, lembrou Lós, que emendou com outro caso vivido por ele e Romero. “De vez em quando ele arrumava a encrenca com as piadas dele. Na nossa Associação, uma vez, arrancou um cupim na beira do pasto, colocou na mesa da cozinha e cobriu com uma toalha molhada. depois ele foi falar para o pessoal que tava jogando futebol que tinha um cupim na cozinha. Todo mundo achando que era um pedaço de carne. Quando chegou lá ele levantou a toalha e saiu cupim para tudo quanto é lado. Quase bateram nele”, rememorou o ex-presidente do TJMS.
Luto
O desembargador Divoncir Maran, presidente do TJMS, decretou luto em todo Estado, no âmbito do Poder Judiciário, suspendendo expediente nesta quarta-feira (4). Com isto, amigos e familiares podem acompanhar o velório que acontece no cemitério Jardim das Palmeiras. O sepultamento está marcado para as 16h.
*Legado
Mineiro de Manhuaçu, Romero ingressou na magistratura sul-mato-grossense em 1980. Ele assumiu suas funções em setembro de 1980 e, em abril de 1983, por merecimento, foi promovido para atuar na 2ª entrância como juiz da 2ª vara cível em Aquidauana. Em setembro do mesmo ano, a pedido, foi removido para a comarca de Paranaíba.
Quatro anos depois, por antigüidade, recebeu outra promoção: desta vez para a entrância especial e na Capital atuou na vara de Execução Fiscal. Em abril de 2007, por permuta, foi removido para a 4ª Vara de Família, onde nem chegou a atuar, pois quando estava em transição foi indicado para o Tribunal de Justiça .
A experiência em atuar como desembargador não foi nova para Romero. Em 2001, na ausência do Des. Jorge Eustácio da Silva Frias, foi designado para substituí-lo. Em maio de 2007, foi promovido para ocupar o cargo de desembargador do Tribunal de Justiça de Mato Grosso do Sul.
Foi responsável pela implantação da conciliação e da mediação no MS, quando Coordenador do Núcleo Permanente de Métodos Consensuais de Solução de Conflitos do Tribunal de Justiça de MS, além de autor de várias palestras nos circuitos universitários e em Congressos Jurídicos.
Na Associação dos Magistrados de MS (Amamsul) foi diretor de Esporte, de 1989 a 1992; foi diretor de Comunicação, de 1993 a 2000, exercendo também a função de Editor-Chefe do periódico jurídico.
Pós-Graduado em Direito e Antropologia Filosófica, lecionou na Escola Superior da Magistratura (Esmagis), na Universidade do Estado do Pantanal (UNIDERP) e na Universidade Católica Dom Bosco (UCDB), na disciplina de Direito Tributário, por 20 anos.
Foi juiz eleitoral da 36ª Zona e membro do TRE/MS. Foi juiz auxiliar da Corregedoria-Geral de Justiça, por duas vezes. Foi Coordenador das Varas de Execução Penal (COVEP). Tomou posse como Corregedor-Geral de Justiça em 30 de janeiro de 2017.
(*com informações do TJMS)
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