FHC afirma que não há risco de Alckmin não ser o candidato do PSDB à Presidência

‘É preciso ficar atento para que não se eleja um regime autoritário’

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‘É preciso ficar atento para que não se eleja um regime autoritário’

Em entrevista exclusiva a José Luiz Datena no programa “90 Minutos, da Radio Bandeirantes, Fernando Henrique Cardoso afirma que não há risco de Geraldo Alckmin não ser o candidato do PSDB à Presidência da República.FHC afirma que não há risco de Alckmin não ser o candidato do PSDB à Presidência

O tucano declarou que o governador de São Paulo é o nome do partido que tem mais chances de vencer a eleição: “Tem vários que são bons, mas quem tem mais chance nesse momento, quem pode levantar a bandeira, em nome do PSDB, é o Alckmin”.

Ao comentar as candidaturas do ex-presidente Lula e de Jair Bolsonaro, Fernando Henrique avaliou que há mais chances para uma candidatura de centro: “Acho que há todas as condições para ter um candidato de centro qualificado, que tenha história e posição”.

Por outro lado, o ex-presidente considera que é preciso ficar atento para que não se eleja um regime autoritário: “Há um clima que é propício a isso, nós já tivemos experiências dessa natureza. É preciso que haja também outras pessoas capazes de dizer de uma maneira direta, que toque nas pessoas, mas que respeite algumas regras da democracia, do bem-estar, que tenha compromisso com o país e não só com a vitória. Temos que olhar com muita atenção o desenrolar dessas eleições, porque pode haver, mal comparando, um Hitler, como pode haver um Trump ou pode haver um Macron”.

Para FHC, o julgamento do ex-presidente Lula, na próxima semana, não será político. Ele pondera que não pode haver condenação se não houver provas: “Eu espero só uma coisa: que a Justiça seja correta. Qual é a prova e, se tem prova, condena. Se não tem, absolve. Eu não conheço o processo. O juiz vai ter que explicar, fundamentar o voto”.

A José Luiz Datena, Fernando Henrique Cardoso declarou que a reforma da Previdência é necessária, mas que não terá efeito imediato sobre a vida das pessoas. Para o ex-presidente, que já foi ministro da Fazenda, o governo precisa deixar claro e garantir à população que as mudanças vão combater privilégios.

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