A defesa do ex-presidente (PT) afirmou que pretende recorrer ao STJ (Superior Tribunal de Justiça) para garantir o habeas corpus concedido pelo desembargador Rogério Favreto, revogado por decisão do desembargador Gebran Neto.

Gebran Neto, que é relator da Lava Jato no TRF4 (Tribunal Regional Federal da 4ª Região), não teria validade para decidir ou não sobre a soltura do ex-presidente pois está de férias, de acordo com advogados e deputados a favor de Lula.

Nas redes sociais, a senadora Gleisi Hoffmann (PT), presidente do partido, acusou o desembargador de “querer manter Lula preso”, em conluio com a Polícia Federal. A senadora diz que Gebran “não está no plantão e portanto não tem autoridade para determinar qualquer ação judicial”.

De acordo com a cobertura do Jornal Estadão, entretanto, Gebran Neto não está de férias. O TRF4 encontra-se em recesso, porém o mesmo não afetaria os desembargadores. O magistrado só folgaria a partir de 20 de dezembro.

Com o pronunciamento do relator, a Polícia Federal decidiu manter Lula preso, mesmo com o habeas corpus de Favreto. Na cúpula da PF, o entendimento é que o cenário só deve mudar com ordens do STJ ou STF (Supremo Tribunal Federal).