Com aliados citados em esquema de corrupção, Délia anuncia reforma administrativa
A prefeitura de Dourados, distante 225 km de Campo Grande, deve passar por mudanças estruturais nos próximos dias. Em reunião ‘habitual’ nesta segunda-feira (17), todos os secretários e diretores colocaram seus cargos à disposição e a prefeita Délia Razuk (PR) deve implementar uma reforma administrativa na gestão municipal. Segunda maior cidade do Estado, Dourados foi […]
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A prefeitura de Dourados, distante 225 km de Campo Grande, deve passar por mudanças estruturais nos próximos dias. Em reunião ‘habitual’ nesta segunda-feira (17), todos os secretários e diretores colocaram seus cargos à disposição e a prefeita Délia Razuk (PR) deve implementar uma reforma administrativa na gestão municipal.
Segunda maior cidade do Estado, Dourados foi palco de inúmeros escândalos de corrupção nos últimos meses e a gestão Razuk se viu obrigada a “ajustar a máquina administrativa”, em tese, para conter gastos e equilibrar as contas para os anos finais sob o comando republicano.
“A ideia é ajustar a máquina administrativa, adequando-a à realidade financeira e política do município. Temos dois anos ainda pela frente precisamos preparar o município para o futuro. Daí a necessidades de mudanças”, justificou a prefeita ao anunciar as mudanças.
Atualmente, 12 pastas têm ‘status’ de secretaria e a intenção seria enxugar a máquina e diminuir esse número para sete, conforme apurado pelo Dourados News. Cargos comissionados também seriam reduzidos, já no início do próximo ano, com a junção de algumas pastas.
Secretarias de Desenvolvimento, Econômico e Sustentável, Cultura, Planejamento e Agricultura Familiar poderiam ser incorporadas a outras pastas consideradas mais estratégicas pela administração.
A redução, ainda conforme o Dourados News, poderia economizar cerca de R$ 600 mil anuais. Secretários municipais, conforme o Portal da Transparência, percebem remuneração mensal de R$ 9,6 mil.
Três Operações em menos de 60 dias
População douradense se vê mergulhada em escândalos de corrupção e presenciou três operações contra corrupção em menos de 60 dias. As supostas organizações criminosas envolveriam participação direta e indireta de agentes públicos, vereadores, e ex-servidores do alto escalão da prefeitura.
Na terça-feira (11), agentes do MP-MS (Ministério Público de Mato Grosso do Sul) e Policiais Civis foram às ruas para cumprir novos mandados de prisão e busca e apreensão.
A operação foi um desdobramento da Pregão, que apura esquema de fraude em licitações, e culminou na prisão da vereadora afastada Denize Portolann (PR), o ex-secretário de Fazenda, João Fava Neto, braço direto da prefeita Délia Razuk (PR), o ex-chefe de licitações, Anilton de Souza, e o empresário Messias José da Silva para prisão em outubro passado.
Na segunda fase da operação, outro servidor da estrita confiança de Délia, que já estava sendo investigado, virou réu e teve bens bloqueados, acabou preso. Rosenildo França, ex-contador da prefeitura, exonerado por determinação judicial, em 8 de novembro e esposa foram detidos.
Além da prisão dos agentes públicos e empresário, 16 mandados de busca e apreensão forma cumpridos. A operação mira suposto esquema de fraude em licitações, dispensa indevida de licitações, falsificação de documentos, advocacia administrativa, além de crimes contra a ordem financeira.
Para assegurar que, em caso de comprovação dos crimes apurados, o erário público seja ressarcido, o juiz José Domingues Filho, da 6ª Vara Criminal de Dourados, determinou bloqueio de bens no limite de R$ 25 milhões, em desfavor dos investigados. As empresas denunciadas também foram proibidas de contratar com o poder público e os contratos vigentes foram suspensos por ordem judicial.
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