Câmara e ALMS emitem moção de pesar a Marielle e motorista assassinados no RJ

Parlamentarem comentaram execução a vereadora

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Parlamentarem comentaram execução a vereadora

Deputados da ALMS (Assembleia Legislativa de Mato Grosso do Sul) usaram a tribuna nesta quinta-feira (15) para lamentar a morte da vereadora Marielle Franco (Psol) pelo Rio de Janeiro e o seu motorista, Anderson Pedro Gomes. A Casa emitiu uma moção de pesar, que será encaminhada para a Câmara Municipal do Rio. A Câmara de Campo Grande também emitiu o documento para ser encaminhado aos familiares dos dois.

Autor da moção, Amarildo Cruz (PT) destacou eu a vereadora tinha 38 anos, era negra nascida e criada na favela da Maré, onde lutou desde a juventude pelo fim da desigualdade social. “Formada em Sociologia pela PUC, tinha consciência da realidade da favela. Era uma vereadora política atuante. Tem gente que não sabe separar um político que comete crime com um que exerce o mandato com dignidade, como a Marielle fazia. Em 15 meses de mandato, apresentou 16 projetos e teve dois deles aprovados. E nós sabemos que não é esse o perfil de todos, serem determinados e atuantes”.

Cabo Almi (PT) questionou mudanças na legislação para que ‘penas ideais’ sejam aplicadas nesses tipos de ‘assassinatos cruéis, brutais e covardes’. “A gente acabou de comemorar o dia internacional da mulher e mesmo assim a luta contra a violência continua. Temos que conviver com essa covardia. A intervenção militar no Rio está longe de dar certo. O que é preciso ser combatido é o tráfico. Precisamos reforçar as políticas públicas”.Câmara e ALMS emitem moção de pesar a Marielle e motorista assassinados no RJ

Felipe Orro (PSDB) afirmou que todos estavam abismados com o crime. “O tráfico afronta a lei e tenta intimidar as pessoas de bem a não denunciar. Mas as pessoas de bem não podem se calar”.

 Na Câmara, Eduardo Romero (Rede) foi autor da moção de pesar que, a pedido do primeiro secretário Carlão (PSB), tornou-se uma moção coletiva da Casa. “É uma morte brutal de uma vereadora militante dos direitos humanos que, com política, ajudava na apresentação das vozes das minorias. É um fato que mostra intolerância a falta de respeito, de diálogo e acima de tudo o desentendimento da classe política”.

“Nessa hora não temos que ter partido. Temos que ser cidadãos que lutam por uma sociedade mais justa e igualitária”, finalizou.

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