Bolsonaro celebra vitória sem usar “máquina” pública e diz que Estado servirá à população

Em mais uma publicação em suas redes sociais, o presidente eleito, Jair Bolsonaro (PSL), celebrou, neste domingo (4), ter saído vitorioso nas urnas mesmo tendo gasto 20 vezes menos que Fernando Haddad (PT) e sem utilizar a máquina pública a seu favor, já que não tinha prefeitos nem governadores correligionários. Hoje marca uma semana da […]

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Em mais uma publicação em suas redes sociais, o presidente eleito, Jair Bolsonaro (PSL), celebrou, neste domingo (4), ter saído vitorioso nas urnas mesmo tendo gasto 20 vezes menos que Fernando Haddad (PT) e sem utilizar a máquina pública a seu favor, já que não tinha prefeitos nem governadores correligionários.

Hoje marca uma semana da vitória de Bolsonaro, que foi eleito com 57 milhões de votos (55,13%). Ele diz que isso foi possível “graças a conexão com o que almeja a população”. “Surge um novo momento, onde o estado servirá à população e não o historicamente destrutivo oposto!”, complementa.

Bolsonaro celebra vitória sem usar “máquina” pública e diz que Estado servirá à população
(Foto: Reprodução/Twitter)

Segundo dados disponíveis do portal do TSE (Tribunal Superior Eleitoral), a campanha de Haddad declarou, até agora, despesas de R$ 34.400.867. Já Bolsonaro registrou na Justiça Eleitoral gastos de R$ 1.721.537.

Considerando a votação dos dois candidatos no segundo turno, cada voto de Haddad custou R$ 0,73 e de Bolsonaro, R$ 0,03. Ao final da apuração do segundo turno, Bolsonaro ficou com 57.797.847 votos (55,13%) e Haddad com 47.040.906 (44,87%). A prestação de contas disponível no TSE diz respeito à movimentação financeira das duas campanhas desde o primeiro turno.

Horário eleitoral

Segundo registro no TSE, o PSL arrecadou R$ 2.547.640, sendo R$ 2.162.152 de financiamento coletivo, o que representa 84,9% do total.  O restante foi de doações de pessoas físicas e dos dois partidos da coligação (PSL e PRTB).

A campanha de Bolsonaro investiu R$ 660 mil na produção de programas de rádio televisão e vídeo. Outros R$ 345 mil foram destinados às campanhas dos filhos de Bolsonaro, Flávio (RJ) e Eduardo (SP), e do aliado Hélio Bolsonaro (RJ).

O candidato vitorioso passou boa parte da campanha recolhido. No dia 6 de setembro, quando fazia campanha em Juiz de Fora (MG), Bolsonaro levou uma facada. O golpe foi desferido por Adélio Bispo de Oliveira, preso em flagrante e transferido para o presídio federal de Campos Grande (MS). Bolsonaro passou parte da campanha internado: teve alta no dia 29 de setembro.

Fundo especial

Conforme dados apresentados ao TSE, a campanha de Haddad arrecadou menos do que gastou. Foi declarada uma arrecadação de R$ 32.672.599 – 94,5% do Fundo Especial de Financiamento de Campanha (FEFC), constituído por recursos públicos. O financiamento coletivo foi de R$ 621.896, e as doações pela internet chegaram a R$ 102.169.

Com uma despesa contratada de R$ 34.400.867, a diferença é de R$ 1.728.268. O principal gasto da campanha petista foi com a produção dos programas do horário eleitoral gratuito: R$ 4.814.600 pagos a M. Romano Comunicação. Outros R$ 4.700.000 destinaram-se ao aluguel de equipamentos e estrutura para gravação da propaganda eleitoral.

Parte da movimentação financeira da campanha petista foi feita quando o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva era o candidato e Haddad o vice. O PT declarou ao TSE uma arrecadação de R$ 20.599.420 referente a esse período, além de despesas de R$ 19.118.635. A procuradora-geral Eleitoral, Raquel Dodge, declarou que predirá o ressarcimento do valor correspondente ao fundo especial, que representa 97,1% do total arrecadado, de todos os candidatos julgados inelegíveis pela Justiça Eleitoral, inclusive Lula.

*Com Agência Brasil

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