Com o adiamento da definição do candidato do tucano ao comando da Mesa Diretora para a próxima terça-feira (27), a bancada do partido na Assembleia Legislativa deve acentuar conversas e chegar a um consenso em torno do nome escolhido para o cargo. Sacramentado o candidato, terão a missão de estreitar laços com outros parlamentares em busca da ampliação do apoio ao bloco tucano.
Enquanto isso, outros partidos começam a se articular e a disputa pelos principais cargos da Mesa começa tomar forma. Os deputados estaduais eleitos pelo PT, MDB e Patriota anunciaram nesta quarta-feira (21) que devem formar um bloco com seis parlamentares e pleitear ‘de preferência a 1ª secretaria', segundo deputado Cabo Almi (PT).
Apesar do adiamento, os cinco deputados tucanos eleitos para a próxima legislatura firmaram acordo para que o nome escolhido seja unânime. Na semana passada, o deputado Onevan de Matos, um dos cotados, chegou a dizer que continuaria candidato, independente da decisão da bancada, sugerindo buscar apoio de outras siglas.
“Vamos avançar nas conversas internamente e também com outros blocos. É claro que ainda é cedo para algumas tratativas, afinal temos aproximadamente 75 dias para a eleição, mas essa é uma semana de fazer contatos e ser legitimado”, declarou Paulo Corrêa, provável nome tucano na disputa.
Corrêa tem como seu principal adversário o próprio Onevan, mas outros dois nomes, Rinaldo Modesto, líder de Governo, e Felipe Orro, também disputam a vaga. “Meu nome continua posto”, disse Rinaldo durante a sessão desta quarta-feira (21). Mesmo sendo um dos preferidos, Corrêa, eleito para seu sétimo mandato, afirma que terá ‘humildade' caso não seja o escolhido.
“Uma vez legitimado, vamos fazer contato com mais firmeza. Se não for eu [o escolhido do partido], terei compromisso com o que foi indicado”. Ele voltou a repetir que o governador Reinaldo Azambuja não deve interferir na escolha, mas sua ‘bênção' também tem sua importância.
“A opinião do Reinaldo é super importante, mas essa é uma discussão da Casa, nem do PSDB nem do Reinaldo, mas dos deputados”, finaliza. Além dos reeleitos, a reunião de terça-feira (20), quando o ‘acordo' foi firmado, contou com a presença do deputado eleito Marçal Filho, do presidente estadual do partido, Beto Pereira, e do ex-secretário da extinta Casa Civil, Sérgio de Paula.
