Vereadores lamentam morte de colega e esposa assassinados por caseiro
Cristovão Silveira era tido como legislador técnico
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Cristovão Silveira era tido como legislador técnico
Estamos chocados, resumiram os vereadores Carlos Augusto Borges (PSB) e João Rocha (PSDB) sobre o assassinato de Cristóvão e Fátima Silveira na chácara que residiam em Campo Grande. Segundo a polícia ambos foram mortos a facadas, na terça-feira (18), pelo caseiro e seus filhos.
“Convivi com ele na época em que foi secretário de comunicação do prefeito Lúdio Martins Coelho e como vereador, por cinco mandatos, na Câmara Municipal. Silveira era muito técnico, polêmico e se destacava. É uma tragédia que causa muita tristeza”, comentou Carlão.
Ao ex-vereador são atribuídas leis sobre o uso obrigatório do cinto de segurança na Capital, três anos antes de se tornar legislação federal, assim como outra que proibia venda de balas e chicletes nas escolas com objetivo de tornar as cantinas mais saudáveis. Seu último mandato encerrou-se em 2012.
João Rocha, que preside a Casa de Leis, decretou luto oficial de três dias em sinal de pesar ao falecimento do ex-vereador. Ele relembrou ainda ter dividido com Silveira, que também havia sido diretor de habitação estadual, a bancada do partido no Legislativo.
“Foi um homem que deu grande contribuição ao município e era uma importante liderança política. Onde vamos parar com tanta violência”, questionou o tucano, ressaltando infeliz coincidência de outro crime violento envolvendo um ex-vereador da Capital. No ano passado, Alceu Bueno também foi vítima de assassinato.
Em 2015, Silveira foi investigado na Operação Coffee Break, que apurava suposto esquema de compra de votos de vereadores para a cassação do prefeito Alcides Bernal, em março de 2014. Isso porque escuta da Polícia Federal registrou diálogo entre ele e o empreiteiro João Amorim, um dos principais alvos da investigação.
Crime
Cristóvão e Fátima Silveira, de 65 e 56 anos, teriam sido assassinados a facadas depois de uma discussão com o caseiro da propriedade. Filhos do funcionário teriam auxiliado no crime. Eles fugiram utilizando caminhonete do casal. Veículo seria levado para a Bolívia.
Três suspeitos foram presos em Anastácio, a 140 quilômetros de Campo Grande, por equipes do GOI (Grupo de Operações e Investigações), Garras (Delegacia Especializada de Repressão a Roubos a Banco, Assaltos e Sequestros) e do Batalhão de Choque.
Outras duas pessoas, que transportavam a caminhonete para a fronteira, conseguiram fugir em meio a um matagal. Aos policiais o caseiro assumiu o crime, sem detalhar sua motivação.
Marcas de golpe de facão foram identificadas pela perícia no corpo do ex-vereador e seu rosto estaria desfigurado. Sua esposa teve o corpo parcialmente queimado, em suposta tentativa de encobrir-se rastros de estupro. Nova perícia deve ser realizada ao longo do dia.
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