Vazamento teria irritado tucanos e adiou nomeação, avalia Marun

Deputado diz que ainda está ‘à disposição do presidente Temer’

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Deputado diz que ainda está ‘à disposição do presidente Temer’

A pressão da bancada peemedebista na Câmara, bem como de partidos aliados, como PP, fizeram com que o deputado federal Carlos Marun (PSDB) fosse escolhido para substituir Antônio Imbassahy (PSDB-BA) na articulação política do governo de Michel Temer (PMDB), mas o vazamento da notícia pela imprensa, antes da comunicação oficial, irritou o baiano e tucanos que ainda estão na base do peemedebista.

Interlocutores do deputado Marun confirmam que ele deve mesmo ser nomeado, na primeira quinzena de dezembro, para a Secretaria de Governo da Presidência da República, mas só depois de uma saída mais ‘tranquila’ de Imbassahy, para garantir apoio do PSDB, ou pelo menos parte dele, na votação da reforma da previdência. O próprio deputado por MS avaliou que esta é a versão ‘mais fiel aos fatos’.Vazamento teria irritado tucanos e adiou nomeação, avalia Marun

De acordo com o Jornal Estadão, o líder do PP na Câmara, deputado Arthur Lira (AL), afirmou que seu partido não votará matérias de interesse do governo enquanto Imbassahy estiver na Secretaria, ocupando o cargo de ministro. O PMDB, liderado pelo deputado Baleia Rossi (SP), já definiu Marun como nome para o ministério, responsável pela articulação política da gestão.

Cabia a um peemedebista a função de articulador político, o ex-deputado Geddel Vieira Lima (BA), preso na Operação Lava Jato. O PSDB herdou a pasta, mas diante do racha interno do ninho, os aliados de Temer questionou e reivindicam o espaço dos tucanos na gestão Temer.

Apesar da pressão, Imbassahy teria ficado chateado com confirmação de sua saída pela imprensa

Em 15 dias o PSDB realiza sua Convenção Nacional, quando devem optar por deixar a base aliada de Temer, ou no mínimo, liberar os deputados da bancada para votarem livremente, pró ou contra o governo.

O Jornal O Globo apurou que Imbassahy deve deixar o ministério após a convenção, marcada para o dia 9 de dezembro, quando Marun, deve, enfim, assumir a pasta.  Já a Folha de São Paulo ouviu aliados de Temer que acreditam que a não nomeação de Marun seria um ‘péssimo sinal’ para o chamado ‘centrão’ (partidos da base do governo na Câmara). 

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