Delator diz que grupo Bertin pediu créditos da Caixa

Em depoimento à Justiça Federal de Brasília, nesta terça-feira (31), o doleiro Lúcio Funaro afirmou que o presidente recebeu R$ 2,5 milhões de propina do grupo Bertin.

O valor teria sido uma contrapartida pela liberação de financiamento do Fundo de Investimentos do FGTS (FI-FGTS), administrado pela Caixa operado Temer, em favor do grupo.

De acordo com Funaro, o pagamento do grupo Bertin estava relacionado a investimentos na área de energia. O doleiro acrescentou  que acreditava que o repasse a Temer teria ocorrido por meio de doações oficiais ao diretório nacional do PMDB.

“Quando foi para definir como é que seria a divisão do montante que o [empresário] Natalino [Bertin] disponibilizou para doações, se eu não me engano, o deputado Eduardo Cunha ficou com um milhão, dois milhões”, disse Funaro.Temer recebeu R$ 2,5 milhões em troca de favor a grupo, diz Funaro

“Dois milhões e meio, foram destinados ao presidente Michel Temer, e um valor de um milhão também, um milhão e meio, destinado ao deputado Candido Vaccarezza”, afirmou o doleiro.

Funaro acrescentou ainda  que Cunha e Cândido Vaccarezza também receberam suborno Bertin para avalizar a liberação de financiamento para o grupo Bertin.