Suspeito de levar R$ 2,3 milhões da Odebrecht, André se diz ‘injustiçado’
Ex-governador garante que não recebeu nada
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Ex-governador garante que não recebeu nada
Apontado por ex-executivos da Construtora Odebrecht como um dos políticos que receberam propina da empresa, o ex-governador de Mato Grosso do Sul, André Puccinelli (PMDB), voltou a garantir que não recebeu dinheiro. Ele diz que, caso seja prejudicado pela citação, será ‘uma injustiça’. Mesmo assim, acha que a citação não interfere na decisão de disputar ou não eleição em 2018.
“Prejuízo politicamente pode até ter, mas é injusto. Não existe isso, não recebi dinheiro algum”, insiste o ex-governador, que ainda não definiu se será candidato no próximo pleito.
André disse que toda a negociação com a Odebrecht, que cobrava uma dívida que tinha com o Estado, foi feita pela então secretaria de obras e pela PGE (Procuradoria-Geral do Estado).
Dois ex-executivos da empreiteira afirmaram, em depoimentos à Força Tarefa da Operação Lava Jato, que Puccinelli recebeu R$ 2,3 milhões em propinas. Valor que seria 10% da dívida que o governo pagou com a Construtora.
O valor, segundo os delatores, teria sido usado, conforme o delator, para custear a campanha de Puccinelli a reeleição do Governo do Estado, em 2010. E a dívida com a empreiteira paga no início do ano seguinte.
Delação
O delator conta que o Governo do Estado possuía dívida de mais de R$ 79 milhões com a Odebrecht em razão da obra da MS-030, executada pela Companhia Brasileira de Projetos e Obras (CBPO) nos anos 80. Anos mais tarde, a CBPO foi comprada pela Odebrecht.
As negociações para que a dívida fosse quitada pelo Estado se estenderam durante anos. Em 2007, quando Puccinelli venceu primeiro mandato para governar o Estado, as conversas foram retomadas.
Depois de conseguir reduzir o valor da dívida em praticamente 70%, o governador definiu que quitaria o débito de R$ 23,4 milhões em cinco parcelas, mas não fez o pagamento.
Mais três anos se passaram e Puccinelli retomou as negociações com a Odebrecht em 2010, ano de eleição. Para que a dívida fosse definitivamente paga à construtora, o governador recebeu como propina 10% do valor combinado. O valor de R$ 2,3 milhões foi repassado ao governador por intermédio de um empreiteiro “famoso na cidade”, de acordo com o delator João Pacífico. Depois de receber a propina em setembro de 2010, o Governo do Estado quitou a dívida com a Odebrecht em janeiro de 2011.
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