Reinaldo diz que reforma é necessária e terá de enfrentar desgaste com servidores
Protestos de servidores na Assembleia impediram votação de projeto
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Protestos de servidores na Assembleia impediram votação de projeto
O governador Reinaldo Azambuja (PSDB) afirmou, durante agenda púbica na manhã desta quinta-feira (23), que a reforma da previdência dos servidores é necessária para que o Estado não fique em dívida com os cerca de 27 mil inativos.
“Esta questão não pode ser politizada. É uma questão essencialmente técnica”, afirmou o governador, que disse ainda ter tranquilidade para ‘fazer o que é necessário’, sem se preocupar ‘com o desgaste’ político que a medida possa acarretar.
Azambuja destacou que já existe um déficit mensal na previdência estadual, e que se medidas não fosse adotadas pelo governo, Mato Grosso do Sul correria o risco de igualar ao Estado do Rio de Janeiro, que tem atrasado o pagamento de salário do funcionalismo público.
O Chefe do Executivo Estadual destacou que é preciso ‘dizer a verdade’ sobre o assunto, e frisou que este é o momento certo para a Assembleia aprovar o projeto de reforma, encaminhado por ele ao legislativo.
Outro ponto citado pelo governador foi o fato que os Estados terão que se adequar à regra nacional, em discussão no Congresso Nacional.
A Assembleia aprovou ontem, quarta-feira (22), em primeira votação, o projeto que aumenta contribuição do servidor com previdência, de forma escalonada, até 2020, quando percentual chegará a 14% do salário do bruto. A participação do Estado também sobe de 22% para 28%.
Protestos
O governador destacou que todos têm direito de protestar, mas garantiu que o projeto encaminhado à Assembleia não retira direitos, e ainda evita que Mato Grosso do Sul fique inadimplente com o servidor.
Sobre o protesto na Assembleia, que acabou por suspender a sessão que poderia aprovar, em definitivo, a mudança na previdência, Reinaldo disse que os representantes dos mais de 70 mil servidores do Estado não quiseram dialogar com o governo.
“O problema que está ali é política. Já discutimos com eles, não querem o entendimento. Querem o conflito, a politicagem. Então, ali existe questão de política e não vou deixar de tomar uma atitude que é para garantir o cumprimento das obrigações do Estado por essasquestão, porque se tivesse igual o servidor do Rio (de Janeiro) na fila para receber salário ou cesta básica, talvez não estivessem na Assembleia politizando isso”, finalizou.
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