Presidente da Fetems diz que Elizeu quer criminalizar movimentos sociais

Sindicalista frisa que acusações de agressões são infundadas

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Sindicalista frisa que acusações de agressões são infundadas

O presidente a Fetems (Federação dos Trabalhadores em Educação de Mato Grosso do Sul), Roberto Botareli, divulgou uma nota negando as acusações do deputado federal Elizeu Dionizio (PSDB) de que teria sido agredido por manifestantes contrários à reforma da previdência, e ainda criticou o parlamentar.

Para Botareli, o deputado quer ‘criminalizar os movimentos sociais e sindicais’, com o que sindicalista chamou de ‘acusações infundadas’.

A confusão aconteceu no último dia 28 de março, e o próprio Botareli, em entrevista ao Jornal Midiamax, revelou que não presenciado o momento em que Elizeu alegou ter sido agredido.

Na nota, o presidente da Fetems também afirma que os protestos contra a proposta de reforma da previdência enviada à Câmara dos Deputados pelo presidente Michel Temer (PMDB) vão continuar.

Confira a nota íntegra:

“Nota oficial sobre as acusações infundadas do Deputado Federal Elizeu Dionizio (PSDB-MS)!

Não vamos retroceder um passo na nossa luta.

A direção da FETEMS (Federação dos Trabalhadores em Educação de Mato Grosso do Sul), vem por meio desta nota oficial, deixar claro ao Deputado Federal, Elizeu Dionizio (PSDB-MS), que as suas tentativas de criminalizar os movimentos sociais e sindicais, que lutam pela classe trabalhadora de MS e do país, não irão funcionar e também não irão nos tirar da nossa batalha constante contra os retrocessos do Governo de Michel Temer (PMDB). 

No último dia 28 de março o parlamentar esteve no Aeroporto Internacional de Campo Grande para embarcar para a Brasília e se deparou com o nosso protesto contra a Reforma Trabalhista e da Previdência, ele foi o único a chegar com escolta policial e a se negar dialogar com os trabalhadores ali presentes, em momento algum houve agressão física e sim um amplo protesto contra a covardia do mesmo de se negar a escutar os representantes da classe trabalhadora que ali se encontravam. 

Após a ação, Elizeu Dionizio, registrou um Boletim de Ocorrência e em um universo de mais de trinta pessoas, houve três sindicalistas, todos presidentes de grandes sindicatos de luta, literalmente escolhidos para responder judicialmente por um crime não cometido, a não ser que lutar por direitos e pressionar parlamentares que deveriam votar com o povo que o elegeu passou a ser um ato criminoso em nosso país. 

Os sindicalistas já foram chamados para depor e não se surpreenderam ao chegar na delegacia, na manhã desta segunda-feira (10) e ver que a imprensa toda do Estado havia sido “avisada” por alguém, com certeza tática do processo de incriminar os representantes e de criminalizar os movimentos, para nós isso não é nenhuma novidade, pois no Brasil quem luta pelo povo sempre foi criminalizado, mas o que queremos esclarecer é que a atitude incabível de um parlamentar, que vem há semanas tentando manchar os grandes protestos que estamos fazendo em MS contra as reformas de Temer, inclusive com calúnias, como uma possível “depredação” do seu escritório político, coisa que nunca aconteceu, pois só houve um protesto em frente ao local, como houve na casa de outros parlamentares e nada foi quebrado, ou usar a tribuna da Câmara Federal para desqualificar dirigentes, não irá nos atingir e toda acusação terá quer ter provas concretas. 

Esse tipo de atitude só nos mostra que estamos no caminho certo da luta pelos nossos direitos e incomodando de fato quem se esconde do povo, após ter sido elegido por ele. Nós vamos continuar batalhando pelos nossos direitos e não vamos retroceder um passo se quer!”

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