Prefeitos de MS assumem sem dinheiro para pagar contas de água e luz
Eleitos criam comissões para reduzir gastos
Arquivo –
Notícias mais buscadas agora. Saiba mais
Eleitos criam comissões para reduzir gastos
Prefeitos de primeiro mandatos em Mato Grosso do Sul, já na primeira quinzena da posse, recorrem a malabarismos financeiros para cumprirem o que havia prometidos em campanha eleitoral. Há casos de eleitos que não sabem nem sequer de onde tirar o dinheiro para pagar a conta da água, da luz, tirar o lixo da rua ou quitar a folha de pagamento de dezembro passado.
NIOAQUE
Valdir Júnior, prefeito de Nioaque (14 mil habitantes, 181 km de Campo Grande), puxa a fila dos descontentes com o que viram de dinheiro no caixa dos municípios, assim que assumiu.
“Fora o salário de dezembro, ainda não pago, estamos com uma dívida de 19 milhões com fornecedores, R$ 13 milhões com a previdência municipal, R$ 2 milhões com o pagamento de precatórios, R$ 3 milhões com a conta da energia elétrica e também R$ 500 mil com a conta da água”, lamenta o prefeito de Nioaque.
Como sair do vermelho e administrar a cidade? “Ainda não sei, mas nos primeiros 100 dias de gestão, pretendemos cortar 20 por cento do custeio, como gastos com energia, água e com os contratos”, disse Valdir Júnior, que afirmou ter conseguido zerar a folha do 13º salários graças a uma ajuda federal repassada pelo chamado programa de repatriação.
Em 2015, por exemplo, Nioaque arrecadou em torno de R$ 35 milhões e gastou R$ 700 mil a mais.
PONTA PORÃ
Hélio Pelufo, prefeito de Ponta Porã (313 km de Campo Grande, 88,1 mil habitantes), também do PSDB, mesmo sem detalhar as dívidas do município, disse que a prefeitura deve R$ 500 mil do consumo da água e ainda não conseguiu pagar o 13º salário. “Não adianta reclamar, sabia da situação e estamos buscando alternativa para resolver”, afirmou Pelufo.
JATEÍ
O prefeito de Jateí (cerca de 5 mil habitantes, a 288 km de Campo Grande), Eraldo José Leite, do PSB, que já comandou o município por três mandatos, revelou que além de enfrentar dificuldades financeiras, o município não tem nem como bancar o retornou das aulas, marcadas para fevereiro. As vias da área rural, segundo ele, estão intransitáveis por falta de manutenção e os ônibus escolares não conseguem trafegar por questões mecânicas.
SELVÍRIA
Fernando Dentista, como é conhecido o prefeito de Selvíria (400 km de Campo Grande, 6,5 mil habitantes), do PSB, disse ter montado uma comissão de emergência para apontar alguma alternativa para driblar a crise.
Ele afirmou que o salário de dezembro não foi pago e que a folha deve ser quitada a partir de fevereiro, em parcelas.
“Mas não sabemos como vamos pagar o mês de janeiro”, queixou-se. Antes de deixar o mandato, o ex-prefeito de Selvíria, disse o atual, Fernando Dentista, assinou uma confissão de dívida no valor de R$ 450 mil. “Neste ano vamos ter de pagar 14 salários, contando com os atrasados”, disse o prefeito.
PORTO MURTINHO
Derlei Delevatti, do PSDB, prefeito de Porto Murtinho (430 km de Campo Grande, 16,6 mil habitantes), disse que uma de suas primeiras ações foi limpar a cidade. “Já tiramos 80 toneladas de entulhos e ainda restam 180, acho que a cidade é limpa há uns quatros anos”, disse o prefeito.
Delevatti afirmou que ainda não conseguiu quitar o 13º salário e estuda meios para juntar recursos e bancar o salário de janeiro.
A TROCA
Os prefeitos entrevistados nesta reportagem participavam da eleição da nova diretoria da Assomasul (Associação dos Municípios de Mato Grosso do Sul), entidade que representa os prefeitos de MS.
Juvenal Neto, do PSDB, ex-prefeito de Nova Alvorada do Sul deixou o cargo e o lugar dele foi assumido pelo prefeito reeleito Pedro Caravina, também do PSDB, de Bataguassu.
Embora ainda sem dados oficiais, a associação crê que ao menos 60% (54 das 79) dos prefeituras de MS vivenciam desequilíbrios econômicos. Redução nos repasses federais e queda nas receitas próprias aparecem como as vilãs dos municípios.
Notícias mais lidas agora
- Polícia investiga ‘peça-chave’ e Name por calúnia contra delegado durante Omertà
- Ex-superintendente da Cultura teria sido morto após se negar a dar R$ 200 para adolescente
- Suspeito flagrado com Jeep de ex-superintendente nega envolvimento com assassinato
- Ex-superintendente de Cultura é assassinado a pauladas e facadas no São Francisco em Campo Grande
Últimas Notícias
Bia Ferreira bate francesa e mantém cinturão de campeã mundial de boxe
Após 10 rounds, brasileira venceu em decisão unânime dos juízes
Defesa de Braga Netto nega obstrução nas investigações
Ex-ministro foi preso pela Polícia Federal no Rio de Janeiro
Motociclista desvia de carro, cai em avenida e morre após outro veículo passar por cima de sua cabeça
Rapaz perdeu o equilíbrio ao desviar de um carro e acabou sendo atingido por outro enquanto estava caído no chão
Rapaz é encaminhado para pronto-socorro após ser esfaqueado na Orla Ferroviária em Campo Grande
Após sofrer o ferimento, vítima caminhou até a esquina da Calógeras com a Maracaju, onde pediu socorro a populares
Newsletter
Inscreva-se e receba em primeira mão os principais conteúdos do Brasil e do mundo.