Ilda comanda a cidade pela terceira vez

Ilda Machado (PR), prefeita de , cidade distante 258 quilômetros da Capital, continuará no cargo conforme determinação do () Tribunal Regional Eleitoral. Julgamento da candidatura dela e do segundo colocado nas eleições do ano passado, Júnior Vasconcelos (PSDB), ocorreu na tarde desta segunda-feira (8).

Decisão da juíza Rosângela Alves Fávero revela que as irregularidades identificadas na prestação de contas de Ilda durante a campanha já foram sanadas. A magistrada também afirma que a compra de votos, principal crime denunciado, não pode ser comprovada. 

“Dos autos não constam elementos a respeito de recebimento de recursos de fontes vedadas a que aludem os incisos I a III, do art. 25 da Resolução TSE n. 23.463/2015, tampouco de recursos de origem não identificados”, disse a juíza, que aprovou as contas de Ilda e arquivou o processo.

O CASO

Ilda foi afastada do cargo de prefeita, que ocupa pela terceira vez, depois de denúncias de compra de votos. Vídeo chegou a ser gravado e revelou que cabos eleitorais de Ilda faziam triagem por meio de bilhetes escritos por eleitores, que detalhavam o que queriam em troca da venda do voto.

No final de janeiro, Ilda retornou ao cargo depois de recorrer da decisão da Justiça eleitoral e obter efeito suspensivo da decisão anterior. Nesse período, o segundo colocado nas eleições, Júnior, permaneceu no comando da cidade. Na semana passada, no entanto, houve nova condenação de Ilda pelo mesmo crime de compra de votos, só que em outro processo.

Vasconcelos e sua vice, Cida Santos (PROS), também tiveram o registro eleitoral avaliado pelo Tribunal Regional Eleitoral (TRE-MS) por denúncia de abuso de poder. Derrotados nas urnas por Ilda eles são acusados de participação em evento, prometendo entrega de 300 casas populares durante período de campanha.