Governador afirma que mudanças irão preservar direitos

Em entrevista à imprensa, o governador Reinaldo Azambuja deu um recado para quem é contra a de Mato Grosso do Sul. Ele afirmou, nesta segunda-feira (13), que não adiantar fingir que não existe um rombo nas contas. O chefe do Executivo entregou resfriadores de leite no Cepaer (Centro de Pesquisa e Capacitação da Agraer), na rodovia MS-010, em Campo Grande.

O governador disse que as mudanças preservam os direitos. Ele afirmou ainda que se a reforma não for aprovada, em “curtíssimo prazo”, poderá haver problemas nos pagamentos de pensionistas e inativos.

 “Em curtíssimo prazo poderemos ter problemas em pagamento de pensionistas e inativos. Então, eu acho que isso aí, primeiro, não tira direito de ninguém, unifica os fundos, cria uma estabilidade, dá uma segurança futura para o recebimento, aumenta a alíquota tanto do ativo e inativo como do patronal para a gente atingir o equilíbrio necessário para cumprir com as obrigações. Não adianta a gente ficar no espírito do faz de conta. A pessoa contribui por anos e chega no momento da aposentadoria e muitas vezes não tem o recurso, como está acontecendo em inúmeros estados”, afirmou.

Reinaldo Azambuja declarou ainda que a reforma não foi feita para o governo, mas para o Estado, garantindo a segurança do recebimento da aposentadoria. “Hoje de manhã mesmo vi matérias a nível nacional de quatro grandes estados que não estão conseguindo pagar aposentados e pensionistas. Isso está sendo recorrente. Para que isso não aconteça no futuro em Mato Grosso do Sul estamos fazendo, preservando os direitos, mas criando um equilíbrio previdenciário para a segurança dos próprios servidores”.

A reforma da Previdência já está na Assembleia Legislativa. São dois projetos. A contribuição passará de 11% para 14%, no caso dos servidores, e de 22% para 28%, para a classe patronal. Nos cálculos do governo, com a aprovação dos textos o déficit previdenciário mensal irá cair de R$ 83,7 milhões para R$ 48,6 milhões – número 41% menor. O anúncio do aumento das alíquotas foi recebido com críticas pelos sindicatos dos servidores.