Mudanças na reforma da Previdência são sugestões dadas em MS, diz Marun

Relatório da reforma será apresentado nesta quarta-feira 

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Relatório da reforma será apresentado nesta quarta-feira 

Mesmo com a apresentação do relatório sobre a reforma da Previdência adiada para amanhã (19), o presidente da comissão que trata sobre o assunto na Câmara dos Deputados, Carlos Marun (PMDB), voltou a afirmar que acredita em uma rápida aprovação das mudanças por parte dos parlamentares. Ao Jornal Midiamax, o deputado afirmou que vários novos pontos incluídos no relatório vieram de reivindicações de sul-mato-grandenses, durante reuniões ocorridas na Capital, no mês passado.

Prevista para essa manhã, a apresentação do relatório ficou para amanhã porque o relator do projeto, deputado Arthur Maia (PPS-BA), decidiu incluir alguns pontos de última hora. Houve reunião entre Maia e Marun e o deputado sul-mato-grossense considerou a conversa como grande avanço. “Há um entusiasmo da base aliada, estamos mais convencidos de que chegamos a um projeto que vai manter o ajuste fiscal do Brasil”, disse.

Marun ressaltou, ainda, que novos pontos inseridos no projeto como a manutenção da aposentadoria diferenciada para produtores rurais, para professores e para policiais e a vinculação do piso da aposentadoria com o salário mínimo – fazendo com que o valor nunca seja abaixo do salário mínimo -, foram reivindicações solicitadas por campo-grandenses.

“A grande maioria das reivindicações que me foram feitas está no texto. Independente do grupo político, ouvi várias classes e incluímos o pedido no texto, que será lido amanhã”.

SEM PREJUDICAR OS POBRES

Em reunião com deputados da base aliada para tratar da reforma da Previdência, o presidente Michel Temer disse hoje, em Brasília, que a reforma não vai prejudicar os mais pobres e que “ninguém quer fazer mal ao país”.

“Convenhamos, ninguém quer fazer mal ao país. Dizem que essa reforma da Previdência vai pegar os pobres. Vou usar uma palavra forte: mentira. Mentira, porque 63% do povo brasileiro ganham salário mínimo, portanto, [a reforma] não vai atingir os pobres. Os que resistem e fazem campanha são os mais poderosos, são aqueles que ganham mais”, disse no café da manhã oferecido aos deputados da base, no Palácio da Alvorada.

No encontro com os parlamentares, o relator da proposta de reforma da Previdência em discussão na Câmara, deputado Arthur Maia (PPS-BA), apresentou o relatório sobre a reforma. O texto deve ser lido amanhã na comissão especial da Câmara.

Aos parlamentares, Temer disse que o Executivo e o Legislativo não devem ficar paralisados diante de fatos ou notícias que buscam desprestigiar a classe política. Segundo ele, a aprovação das reformas previdenciária e trabalhista significa respostas necessárias para mostrar aos brasileiros o trabalho dos dois poderes.

“Há um problema sério no país, há questões das mais variadas que muitas vezes visam desprestigiar a classe política e todos precisamos resistir, tenho resistido o quanto posso. Dou entrevista, falo para dizer aquilo que o Brasil precisa, ou seja, não se pode ter a ideia de que, porque aconteceu isso ou aquilo, o Brasil vai parar”, disse Temer, no momento em que delações feitas por executivos da empresa Odebrecht no âmbito da operação Lava Jato, da Polícia Federal, envolvem o nome de parlamentares e ministros, entre outros.

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