Lista da Odebrecht traz danos à política, mas não se pode prejulgar, diz Tereza Cristina

Nomes de seu partido, do PSB, aparecem na relação

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Nomes de seu partido, do PSB, aparecem na relação

A deputada federal por Mato Grosso do Sul Tereza Cristina (PSB), comentou sobre a divulgação da lista de políticos citados da delação da Odebrecht, na Operação Lava Jato. Para ela, o fato prejudica toda a classe política, mas não se pode fazer um julgamento antecipado, já que é apenas investigação até o momento.

A parlamentar que é presidente regional da sigla em MS, disse que essa relação divulgada é um tsunami no meio político. “Toda política, de todos os partidos estão sendo e ainda serão prejudicados com essa lista, mas não adianta agora criminalizar a todos, por que tem todo tipo de gente no meio, de caixa 2, de propina, de negócio, então temos que esperar o decorrer das investigações”.

A parlamentar enfatizou que agora com a indicação de abertura de inquérito que as coisas vão ser apuradas de fato. “A partir desse momento é que os esclarecimentos serão feitos, mas quantos inquéritos já foram feitos e teve gente inocentada depois. Mas claro que tem pessoas que não serão inocentadas, por isso não devemos julgar antes da hora”.

Tereza finalizou dizendo que quem deve tem que pagar, pois o momento é de limpeza na política brasileira. “A presunção da inocência faz parte da nossa legislação, então não podemos prejulgar e nem tão pouco colocar a cabeça de todos os políticos em um altar, com certeza a verdade virá à tona”.

Investigados

De acordo com a lista divulgada pelo ministro do STF, Edson Fachin, no PT, serão investigados, os ex-presidentes da Casa, Marco Maia (RS) e Arlindo Chinaglia (SP), além de Carlos Zarattini (SP), Nelson Pellegrino (BA), Maria do Rosário (RS), Vicentinho (SP), Vander Loubet (MS), Zeca Dirceu (PR), Zeca do PT (MS), Vicente Cândido (SP) Décio Lima (SC).

Além do atual presidente da Casa, Rodrigo Maia (RJ), no DEM serão investigados os deputados José Carlos Aleluia (BA), Felipe Maia (RN), Rodrigo Garcia (SP), e o ex-relator do projeto de iniciativa popular das Dez Medidas Contra Corrupção Onyx Lorenzoni (RS).

No PP foram autorizadas abertura de investigação contra os deputados Mario Negromonte Junior Jr (BA), Paulo Henrique Lustosa (CE), Cacá Leão (BA), Júlio Lopes (RJ) e Dimas Fabiano Toledo (MG).

No PMDB serão investigados os deputados Lúcio Vieira Lima (BA), irmão do ex-ministro da Secretaria de Governo da Presidência da República Geddel Vieira Lima, Jarbas Vasconcelos (PE), Pedro Paulo (RJ) e Daniel Vilela (GO).

Já no PSDB, são alvo das investigações o deputado Jutahy Junior (BA), Yeda Crusius (RS), João Paulo Papa (SP) e Betinho Gomes (PE).

No PR, além do ex-presidente da legenda, Alfredo Nascimento (AM), são alvo de investigação João Carlos Bacelar (BA) e Milton Monti (SP). No PSD serão investigados Fábio Faria (RN) e Antonio Brito (BA).

Já no PSB, serão investigados José Reinaldo (MA) e Heráclito Fortes (PI). No PRB, Celso Russomano e Beto Mansur, ambos de São Paulo.

Também serão investigados os deputados Paulo Pereira da Silva (SD), Daniel Almeida (PCdoB-B), Paes Landin (PTB-PI) e Arthur Oliveira Maia (PPS-BA), relator da Proposta de Emenda à Constituição (PEC) da Reforma da Previdência.

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