‘Sumiu tudo e trancou meu WhatsApp’

O deputado federal e presidente da comissão especial sobre a reforma da Previdência da Câmara dos Deputados, Carlos Marun (PMDB), teve o celular clonado e com isso o seu WhatsApp começou a enviar mensagens pedindo dinheiro a colegas parlamentares.

“Sumiu tudo e trancou meu WhatsApp. Para alguns lugares foi uma mensagem pedindo dinheiro numa conta no Banco do Brasil. Mandei para a [assistência] técnica e tive que trocar o número do WhatsApp”, disse o deputado ao jornal Folha de São Paulo.

Após uma semana tumultuada, com a invasão de agentes penitenciários durante a votação da reforma da Previdência, a comissão especial resolveu marcar a votação dos 12 destaques que faltam para a próxima terça-feira (9). O texto-base foi aprovado na noite desta quarta-feira (3).

Com relação a invasão ocorrida na última quarta, por agentes penitenciários, o presidente da comissão disse que desde essa quinta está revendo isso e que vai pedir garantia neste setor, para não ocorrer novas invasões.

“A mensagem que nós passamos é a seguinte: Na marra, não vai. Não é possível. A liberdade do voto do parlamentar é condição fundamental para a própria existência do estado de direito e da democracia”, afirmou o parlamentar.

“Agora, se as coisas se acalmarem, eu vejo, até porque considero justo o pleito, eu vejo um caminho para que isso possa, no Plenário, ter uma posição com resultado favorável. Agora, repito: na marra, não vai”, destacou Marun.