Derrotados na urnas, ex-vereadores fazem planos para deputado na eleição de 2018
Alguns revelam que não querem uma nova candidatura
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Alguns revelam que não querem uma nova candidatura
A última eleição de outubro trouxe uma grande renovação na Câmara Municipal de Campo Grande, onde dos 29 que estavam até 2016, somente 11 foram reeleitos, quatro não se candidataram e 14 perderam. Dentre os que deixaram a Casa, alguns almejam disputar a próxima eleição para deputado estadual e também federal, em 2018, outros dizem não saber se continuam na política ou buscam projetos pessoais.
No geral, as respostas seguem a linha de que ‘estão à disposição de seus partidos’, e que por ora a intenção é focar na formação que possuem. Há também os que dizem estar aguardando definição de possível atuação na nova gestão da prefeitura Campo Grande, comandada por Marquinhos Trad (PSD).
“Sou empresário do ramo atacadista, distribuidora e prestadora de serviço. Fui vereador por vários anos porque sempre fui político e tive o privilégio de cumprir quatro mandatos em Campo Grande. Agora vou me dedicar aos meus negócios e vou ficar à disposição do partido e pretendo me candidatar a deputado estadual”, revelou Airton Saraiva (DEM), agora ex-vereador.
Quem também está com olhos voltados para a próxima eleição é o ex-vereador Chocolate (PTB), que revela que já recebeu inclusive convites para voltar à Televisão.
“Politicamente vou pensar. O partido já me chamou e disse que gostariam que eu fosse candidato em 2018, vou ver se realmente é viável e ver a possibilidade de me candidatar a deputado estadual. Com relação a gestão de Marquinhos, antes e depois da campanha nos conversamos e pode ser que surja algum espaço”, frisou Chocolate.
Francisco Saci (PTB) segue a mesma linha dos colegas acima. Segundo ele, o objetivo agora é ser candidato a uma cadeira na ALMS (Assembleia Legislativa de Mato Grosso do Sul). “Nós vamos continuar na política, com certeza, não podemos parar. Eu sempre fui assessor parlamentar e sou do grupo político do prefeito da Capital. A gente vai ajudá-lo na administração, mas nada definido ainda. De qualquer forma tenho a intenção de sair candidato a deputado estadual e se não der certo saímos para vereador novamente em 2020”.
Ex-presidente
Mario Cesar (PMDB), ex-presidente da Câmara, que deixou o cargo após ter sido afastado em decorrência da deflagração da Operação Coffee Break, tinha dito na ocasião que estava pensando em deixar a política devido ao desgaste com o fato.
“Eu volto pra prefeitura, estou de férias em janeiro, sou auditor fiscal de renda, então volto para minha carreira a partir de fevereiro, mas temos projetos políticos pela frente que possa me inserir em projeto político, não como candidato, pois não pretendo me candidatar a mais nada. Eu havia jogado a toalha fora, mas resolvi guardá-la. Vamos ver o que vem pela frente”.
Carla Stephanini (PMDB), também não conseguiu se reeleger. Ela diz que não está pensando em candidatura no momento, mas está a disposição da sigla. “Vou continuar militando no partido com foco nas questões das mulheres e toda a cidade. Faço parte da política e aquilo que entender que é importante estamos a disposição. Agora é hora de confraternizarmos e ainda não pensei em planos para as próximas eleições”.
Edson Shimabukuro (PTB) destacou que irá intensificar sua atividade de engenheiro no Conselho Regional de Engenharia do Estado. “Sou funcionário de carreira do Conselho Regional de Engenharia e Agronomia de Mato Grosso do Sul (CREA-MS). Então vou aumentar minha participação em prol da atividade da área. Estou fazendo um balancete para a próxima eleição. Vou rever tudo e depois ver o que se participo da próxima eleição”.
Vanderlei Cabeludo (PMDB) afirma que vai estar na política, mas não sabe se como candidato. “Política não sai da cabeça. A população optou por uma renovação, faz parte do processo. Já tive propostas dentro da política para ser um funcionário e desenvolver alguns projetos em vários segmentos, mas nada decidido”, pontuou.
Suplentes
Eduardo Cury (SD), também afirma que retorna a prefeitura. “Volto para a secretaria municipal de saúde agora neste mês de janeiro para ajudar a nossa cidade e o prefeito Marquinhos. Ainda não definimos qual cargo irei ocupar, mas tem várias coisas que eu posso fazer, pois sou concursado, então onde for mais necessário estarei pronto. Com relação a política, sou suplente e vamos ver o que nos aguarda nos próximos anos”.
Outro que passou de vereador para suplente do cargo é Edil Albuquerque (PTB). Ele afirma que irá retomar seu trabalho que tinha antes da vereança. “Por enquanto não sei o que vou fazer. Sou um bancário aposentado. Essa é minha profissão há 38 anos e eu vou procurar esse mercado, talvez voltar para os serviço bancário, atividade financeira mais precisamente. No momento não penso em voltar a me candidatar”.
Quem também está como suplente e sonha com cargo mais alto é o ex-vereador Coringa (PSD). “Eu sou vice presidente do meu partido, sou primeiro suplente de deputado federal e primeiro suplente de vereadora agora. Vou ficar à disposição da legenda e continuar fazendo meus trabalhos sociais. Se o partido entender que precisa da nossa colaboração no governo [PSD é o partido do prefeito da Capital Marquinhos Trad]. De qualquer forma, se nesses dois anos não for chamado para suplência, irei disputar a eleição em 2018 para deputado federal”.
Dos 19 que faziam parte da última legislação e não se mantiveram na casa, apenas um já definiu seu caminho. Herculano Borges (SD) não disputou a reeleição para vereador por que já esperava a vaga da Assembleia e assim ocorreu e ele tomou posse ainda em dezembro de 2016, assumindo a cadeira de Ângelo Guerreiro (PSDB), que foi eleito prefeito de Três Lagoas e renunciou ao cargo de deputado estadual.
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