Para eles, fato não deve afetar negativamente o Estado

Deputados federais que representam Mato Grosso do Sul optaram pela cautela e evitaram comentar sobre a divulgação da lista encaminhada ao STF (Supremo Tribunal Federal) de pedidos de inquéritos do Procurador-Geral da República, Rodrigo Janot. Para os parlamentares, o pedido de abertura de investigações não deve afetar o Estado nem interferir no andamento dos Trabalhos do Congresso Nacional.

“O Congresso não pode parar por isso, temos que trabalhar para fazer o que o povo cobra. Quem está implicado que procure responder”, afirmou o Geraldo Resende (PSDB).

Para o tucano, o fato de o pedido de investigação ter atingido autoridades e políticos de diversos partidos,  é indício que evidencia a crise política pela qual o País enfrenta. “Isso mostra até onde a crise chegou”, disse.

Elizeu Dionízio, do PSDB, evitou comentar a divulgação do documento e disse que o andamento dos trabalhos em que está envolvido na Câmara segue normalmente. Para ele, quem estiver implicado que se explique. “Eu não estou no meio e por isso não tenho o que comentar. Quem pode falar é quem eventualmente está envolvido. Pra mim não interfere em nada aqui e creio que também não deve interferir em nada no Estado”, afirmou.

Até que se apresentem dados que considere concretos, o petista Zeca do PT preferiu ter cautela ao dar opinião sobre a lista de Janot. “Ainda não foi apresentado nada oficialmente, o que se tem são hipóteses, nada de concreto”, relatou.

A lista

A Lista inclui nomes como os ministros Eliseu Padilha (PMDB), da Casa Civil, Moreira Franco (PMDB), da Secretaria-Geral da Presidência, Bruno Araújo (PSDB), de Cidades, Gilberto Kassab (PSD), da Ciência e Tecnologia e Comunicações e Aloysio Nunes Ferreira (PSDB), das Relações Exteriores, além dos presidentes do Senado, Eunício Oliveira (PMDB-CE), e da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), os senadores Renan Calheiros (PMDB-AL), Romero Jucá (PMDB-RR), Edison Lobão (PMDB-MA), José Serra (PSDB-SP) e Aécio Neves (PSDB-MG) estão entre os nomes que Janot encontrou indícios de recebimento de propina que carecem de investigação.

Como todos possuem foro privilegiado, o Supremo precisa autorizar as investigações.