Delações da JBS dão origem a pedido de impeachment em MS e mais 3 Estados
Santa Catarina, Ceará e Rio Grande do Sul também foram afetados
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Santa Catarina, Ceará e Rio Grande do Sul também foram afetados
Além do presidente Michel Temer (PMDB) e do governador de Mato Grosso do Sul, Reinaldo Azambuja (PSDB), as delações da JBS afetaram os governos de pelo menos mais três estados com pedidos de impeachment.
Azambuja acumula três pedidos de impeachment protocolados nos últimos dois dias, dentre eles o do vereador Vinícius Siqueira (DEM), todos baseados na delação premiada da JBS.
Na delação, em um capítulo destinado apenas aos esquemas operados pela empresa em Mato Grosso do Sul, a JBS diz ter passado R$ 150 milhões como propina para os três últimos governadores do Estado: Zeca do PT, André Puccinelli (PMDB) e Reinaldo Azambuja.
Azambuja teria recebido propina avaliada em mais de R$ 22,9 milhões em espécie e em notas
Na Assembleia Legislativa, uma comissão especial foi criada nesta terça-feira (23) para analisar os pedidos de impeachment contra o governador. Os deputados não indicaram quem compõe a comissão até o momento.
Veja outros governadores que sofrem com pedidos de impeachment abaixo:
Ceará
O governador Camilo Santana (PT) teve um pedido de impeachment protocolado pelo deputado Capitão Wagner (PT), nesta terça-feira. No documento há ainda pedido de afastamento de dois secretários citados pela delação dos irmãos Batista.
Segundo a delação da JBS, o ex-governador do Ceará, Cid Gomes (PDT), teria pedido R$ 20 milhões ao grupo para a campanha de Camilo de 2014. Em contrapartida, o grupo foi beneficiado com liberação de créditos de ICMS no valor de R$ 110 milhões.
Cid e Camilo negam as acusações, e falam que a liberação dos valores nada tem a ver com doações para campanha. O deputado Capitão Wagner é acusado por governistas de “embarcar” em uma notícia “sem a prudência de investigar”.
Santa Catarina
Em Santa Catarina, vereadores de Florianópolis da bancada do PSOL protocolaram um segundo pedido de impeachment contra o governador Raimundo Colombo (PSD), com base na delação da JBS.
Um primeiro pedido contra o governador havia sido protocolado pelo grupo com base em uma doação ilegal delatada pela Odebrecht, que afirmou que Colombo recebeu R$ 9 milhões em caixa dois nas campanhas de 2010 e 2014.
Agora, a JBS afirma ter pago R$ 10 milhões em propina ao governador Ambos os pagamentos ilegais envolvem benefícios às empresas em uma eventual privatização da Casan (Companhia de Água e Saneamento).
Colombo nega também o recebimento de propina e disse que não há provas, classificando as acusações da JBS como “irresponsabilidade absurda”.
Rio Grande do Sul
O governador Ivo Sartori também foi acusado em delação do executivo da JBS, Ricardo Saude, de recbeer propina avaliada em R$ 1,5 milhão durante a campanha de 2014, a pedido do senador e então candidato a presidência Aécio Neves (PSDB).
A denúncia deu origem a um pedido de impeachment feito pelo Sindicato dos Professores do Rio Grande do Sul, protocolado na última segunda-feira (22). O pedido foi encaminhado à Procuradoria da Assembleia Legislativa do Estado para análise.
Sobre o pedido de impeachment, Sartori não se pronunciou, mas afirmou que a doação da JBS a sua campanha foi declarada e legal. “Nunca participei desse mar de lama. E o povo gaúcho pode ter certeza de que não haverá nada que prove em contrário.
(com supervisão de Evelin Cáceres)
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