Kemp já conseguiu metade das assinaturas necessárias
Um dia após a votação tumultuada que terminou com aprovação da reforma da previdência, o deputado estadual Pedro Kemp (PT) tenta obter apoio dos colegas para criação de uma CPI (Comissão Parlamentar de Inquérito) da previdência estadual, entre os anos de 2001 a 2017.
“A Ageprev (Agência Estadual de Previdência Social) fala em um déficit (anual) de R$ 400 milhões (fruto de uma auditoria feita no órgão) e o governo de R$ 1,2 bilhão. Precisamos abrir a caixa preta e discutir a origem e o real déficit do Msprev”, disse Kemp.
Os quatro deputados da bancada petista já assinaram o pedido de abertura de CPI, e Kemp tenta obter mais quatro votos para abertura da comissão.
Segundo o deputado, no início o servidor tinha descontado de seu salário 6% de contribuição previdenciária, chega a 14% (para quem ganha acima de R$ 5,5 mil) em 2017. “Vamos aumentar essa alíquota de desconto até quanto?”, questionou o petista.
Uma das alternativas apresentadas pelo propositor da comissão é fazer um levantamento de todos os terrenos do antigo Previsul, que segundo Kemp estão espalhados por todo Mato Grosso do Sul, que podem ‘capitalizar’ o fundo previdenciário.
Os deputados questionam a unificação das massas relativas ao pagamento dos benefícios previdenciários.
O deputado Paulo Siufi (PMDB), que votou contrário ao projeto, chegou a sugerir o pedido de uma auditoria.
“A auditoria nada mais é que uma investigação. Porque não aprovamos essa CPI?”, cobrou Amarildo Cruz (PT), que sugeriu que a comissão pode iniciar os trabalhos em 2018.