Acima do limite prudencial, Marquinhos quer acabar com cargos comissionados

Prefeito precisa fazer ‘limpa’ para chamar concursados

O prefeito Marquinhos Trad (PSD) comentou na manhã desta terça-feira (26), enquanto vistoriava serviço de tapa-buraco na Capital), o relatório de gestão fiscal que revela que a Prefeitura já ultrapassou o limite prudencial na despesa total com pessoal, e prometeu tomar medidas necessárias para evitar chegar ao máximo permitido por lei. 

De acordo com a publicação, feita no Diogrande (Diário Oficial de Campo Grande) de hoje, a despesa total com pessoal chegou a R$ 1,492 bilhão, o equivalente a 51,61% da receita corrente líquida do município, que ficou em R$ 2,891 entre dezembro de 2016 a novembro de 2017.

“Minha intenção é acabar com cargo de comissão ou reduzir o maior número possível e de convocado e contratado. Porque essa é a maneira que se faz política dentro de uma administração, e uma administração tem que ser técnica”, disparou Marquinhos.

A lei estabelece 48,60% como limite de alerta, 51,30% como limite prudencial e 54% como limite máximo permitido para despesa com pessoal, sobre a receita corrente líquida.

O prefeito alegou que de janeiro a novembro deste ano, seu mandato ‘bateu recorde’ de convocação de concursados. “Nos 4 anos da administração passada foram chamados 490 (pessoas), em 11 meses já chamamos 1700 (concursados)”, frisou.

Apesar de destacar que não poderá chamar mais concursados por estar acima do limite prudencial, o prefeito disse que está fazendo um ‘limpa’ em sua administração. Ele alega que recebeu a Prefeitura, da gestão de Alcides Bernal (PP), com 1,7 mil comissionados, e que diminuiu este número para cerca de 900.

“O que eu puder reduzir e chamar concursados eu vou fazer. Enquanto não chamar os que estão esperando não vou abrir (concurso). A não ser nas áreas que precisam”, finalizou.

Segundo Marquinhos Trad, a Prefeitura deve abrir concurso para auditor fiscal, já que os quadros da categoria estão defasados, e o último certame para preenchimento de vagas ‘foi feito há muitos anos’.