Vereadores votam veto ao reajuste dos servidores municipais nesta terça

Câmara deve derrubar veto, atendendo solicitação da categoria  

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Câmara deve derrubar veto, atendendo solicitação da categoria

 

Os vereadores da Câmara Municipal votam nesta terça-feira (14) o Veto Total do Poder Executivo à proposta de 9,57% de reajuste linear aos servidores municipais de Campo Grande. Desde que foi apresentado, o projeto tem gerado impasse entre o executivo e legislativo, situação que deixou servidores sem reajuste salarial.

O Sisem(Sindicato dos Servidores e Funcionários Municipais de Campo Grande) quer a derrubada do veto e os vereadores dizem que irão atender à solicitação. Se derrubado veto, o único recurso do executivo será encaminhar o reajuste para Justiça.

Já se o veto for aceito, os servidores receberiam 3,31% de reajuste, provavelmente na folha de pagamento de julho, já referente aos dois meses anteriores.

Veto

O prefeito Alcides Bernal (PP) vetou o projeto de reajuste anual dos servidores municipais, aprovado pela Câmara Municipal da Capital com índice geral a ser aplicado a partir do próximo mês de junho de 9,57%, o mesmo valor que os próprios já haviam rejeitado anteriormente.

Com a rejeição do reajuste linear de 9,57%, Bernal enviou uma nova proposta à Câmara de 2,79%, referente à inflação acumulada entre 1º de janeiro de 2016 a 31 de março do mesmo ano, depois estendendo o período até o final de abril, elevando o índice para 3,31%, o que foi novamente rejeitado pelos vereadores.

Em sua justificativa, a prefeitura também alega que a proposição de índice inflacionário de reajuste salário é competência exclusiva do Executivo.

“Ocorre que, ao alterar o índice de revisão geral dos vencimentos dos servidores proposto pelo Senhor Prefeito Municipal, de 3,31% (três inteiros e trinta e um centésimos por cento) para 9,57% (nove inteiros cinqüenta e sete centésimos por cento), a Câmara Municipal de Campo Grande maculou o projeto de lei com graves vícios que o inviabilizam”, pontua a justificativa do veto.

O prefeito alega que a legislação eleitoral impede concessão de reajuste superior à inflação acumulada no período que antecede 180 dias da eleição, marcada para outubro de 2016. Portanto, com a negativa de 9,57% em abril, a prefeitura, segundo Bernal, ficou impossibilidade de conceder reajuste superior a 3,31%.

Ainda em sua justificativa, Bernal alega, como a LRF (Lei de Responsabilidade Fiscal) estabelece o patamar de 51,3% da receita corrente líquida para despesas com pessoal, um reajuste de 9,57% implicaria no segundo quadrimestre de 2016, os gastos com pessoal de 53,20% ‘e de impraticáveis 57,27% no terceiro quadrimestre de 2016’.

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