Simone já foi investigada em ações judiciais por crimes de responsabilidade

A Comissão Especial do Impeachment do Senado Federal deu início nesta quarta-feira (8) à fase probatória do processo, com testemunhas, provas e perícias. O colegiado de senadores está reunido para ouvir as testemunhas indicadas pela acusação.

Senadora pelo Mato Grosso do Sul, Simone Tebet (PMDB), questionou o procurador da República junto ao Tribunal de Contas da União (TCU), Júlio Marcelo de Oliveira, sobre os crimes fiscais da presidente afastada Dilma Roussef (PT).

Tebet questionou se a presidente afastada não deveria se responsabilizar pelos crimes fiscais cometidos, como a ocultação da situação calamitosa que se encontrava o país, na época das eleições, o que segundo ela, impediu que Dilma perdesse as eleições, e agravou ainda mais a a crise financeira.

Júlio Marcelo de Oliveira diz que sim, que as dividas contribuiu em muito para a situação que o pais está e que o prejuízo terá que ser arcado pela sociedade. Ele pontuou que os empréstimos contratados com a Caixa econômica Federal, dívidas que não foram registradas pelo banco central, deixam o banco hoje em extrema fragilidade.

“Situação que fez com que o gasto pública fosse aplicado sem sustentação”, afirmou.

Tebet ainda pontuou que os questionamentos mão são para perseguir Dilma, como muitas vezes os políticos são acusados, mas para demonstrar que sem verbas não se faz políticas públicas. “São R$ 170 milhões a menos, dinheiro que não poderemos gastar este ano. É crime de responsabilidade fiscal, que é uma das leis mais importantes desse pais”, disse.

Senadores

Cinco dos 81 componentes do Senado são ou já foram investigados em ações judiciais por crimes de responsabilidade. Três parlamentares são do PMDB: Romero Jucá (RR), Dário Berger (SC) e Simone Tebet (MS). Os demais são Lindbergh Farias (PT-RJ) e o ex-presidente Fernando Collor (PTC-AL).