Simone diz que Delcídio será “bem recebido”, mas fatos são contundentes
Petista foi solto após quase três meses
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Petista foi solto após quase três meses
A senadora Simone Tebet (PMDB) acredita que o companheiro de bancada sul-mato-grossense, Delcídio do Amaral (PT), solto após quase três meses de prisão na tarde desta sexta-feira (19), vai compreender os votos favoráveis à manutenção do cárcere dados por ela e Waldemir Moka (PMDB) no dia 25 de novembro de 2015.
A peemedebista explica que naquele momento foi necessário analisar os fatos. “Temos que saber separar as coisas. Somos adversários políticos, mas não inimigos. Há convívio como pessoa. Tivemos que cumprir o dever cívico, tivemos que analisar os fatos e tomar aquela posição, acredito que ele vá compreender”, disse ao Jornal Midiamax.
Simone avalia, ainda, que Delcídio vai focar em se defender no Conselho de Ética que analisa pedido de cassação de mandato feito pelas bancadas do PPS e Rede no dia 1° de dezembro passado. Ela teve acesso à defesa apresentada pelos advogados do petista nesta quinta-feira (18), mas não tem detalhes.
“Eu vi rapidamente, mas acho muito difícil ter êxito no Conselho de Ética porque fatos são fatos e são graves. Vamos analisar com boa vontade, porém não tem como tapar o sol com a peneira”, disse referindo-se à votação sobre cassação, caso seja esse o parecer do conselho.
O relator, Ataídes de Oliveira (PSDB-TO), tem cinco dias para analisar a defesa e, depois, elaborar relatório. Simone acredita que até o início de março a análise será entregue e colocada em votação entre os integrantes.
Caso – Segundo o STF a decisão, que acolheu parcialmente manifestação do MPF (Ministério Público Federal), foi tomada na análise de agravo regimental interposto pela defesa do senador contra decisão anterior do relator que havia negado pedido de revogação da segregação.
O parlamentar foi preso em novembro do ano passado acusado de tentar obstruir investigação das Operação Lava Jato. Isso porque, segundo gravação levada à PGR (Procuradoria-Geral da República), ele ofereceu R$ 50 mil por mês para que o ex-diretor da Petrobras, Nestor Cerveró, não o citasse em depoimento ou delação premiada.
Ainda segundo o STF, o parlamentar deve ficar em recolhimento domiciliar noturno e nos dias de folga, além disso, terá que com comparecer quinzenalmente em juízo para informar e justificar suas atividades, não pode mudar de endereço sem autorização e obrigação de comparecimento a todos os atos do processo, sempre que intimado. O petista está proibido de deixar o país, devendo entregar seu passaporte em até 48 horas.
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