Governo ainda vai dialogar com categorias

O governador Reinaldo Azambuja (PSDB), que na manhã desta terça-feira (12) cumpriu agenda pública na Expogrande, onde manteve uma espécie de gabinete itinerante para atender produtores rurais, afirmou que o Estado está no limite do gasto com pessoal determinado pela LRF (Lei de Responsabilidade Fiscal).

“O abono ser for olhar número contempla bem o salário dos servidores. Estamos dando para 70% dos servidores um aumento que varia de 10% a maior. Estamos no limite prudencial e o governo não pode ultrapassar esse limite. Por isso a questão do abono”, afirmou o governador.Reinaldo diz que MS está no limite prudencial e não pode dar aumento

A LRF determina que o Estados não podem gastar mais que 49% com pessoal, o chamado ‘limite máximo’. Um levantamento divulgado pelo governo estadual em fevereiro passado, mostrou que Mato Grosso do Sul gasta 45,58% do orçamento com folha de pagamento, enquanto o limite prudencial é de 46,55% e o limite de alerta de 44,1%.

“Vamos continuar dialogando, o limite do governo é o limite da responsabilidade. A grande maioria dos Estados não consegue pagar os salários em dia, não tem aumento nenhum para nenhum servidor na maioria dos Estados”, declarou Reinaldo.

O tucano alega que apesar do abono não integrar vencimento base do funcionalismo, ele ‘significa dinheiro no bolso do servidor’. “Acho que nesse momento de crise, tenho certeza que isso é algo para ser pensado. Mas o governo não tem como obrigar o servidores a ir por esse caminho”, opina.

Entidades representantes dos servidores esperam uma nova proposta do governo, mas já definiram por um indicativo de greve para o começo de maio, caso não tenham reivindicações atendidas. As categorias querem reposição salarial com base na inflação acumulado no período, pelo menos 16%.