Vereador afirma que é atribuição de Bernal novo projeto

O impasse sobre o reajuste de 2,97% dos servidores municipais pode estar longe de ser solucionado por conta da queda de braço entre a Câmara e a Prefeitura, podendo deixar os servidores sem o reajuste este ano. Presidente da Casa, o vereador João Rocha (PSDB) afirmou que o erro sobre o projeto foi de Alcides Bernal (PP) e que teria sido planejado.

“Todo e qualquer projeto que implica em despesas deve partir do Executivo e não do Legislativo. É um absurdo ele dizer que os vereadores poderiam reapresentar o projeto, isso vai contra a Lei do país, não só a Lei Orgânica Municipal”.

Rocha afirmou que o projeto foi entregue às pressas, na última hora e com informações desencontradas. “O projeto parecia uma colcha de retalhos para que acontecesse exatamente o que está acontecendo. Isso foi planejado. Agora ele que tem que resolver e precisa resolver”.

O desgaste da relação entre os vereadores e o prefeito Bernal, que teve o mandato cassado pelos parlamentares, resulta no atraso da apresentação de um novo projeto. Bernal declarou que só reapresentará o projeto se os sindicatos pediram aos vereadores que enviem uma anuência ao Executivo.

O motivo seria cautela em relação às movimentações de projetos. Em 2013, os vereadores abriram uma CPI (Comissão Parlamentar de Inquérito) apontando erros em projetos e o prefeito já afirmou que não quer novos questionamentos sobre o reajuste.

Impasse

A Prefeitura de Campo Grande encaminhou o projeto de reajuste dos servidores à Câmara e o mesmo foi votado no último dia permitido pela legislação com um valor de 9,57%. Porém, como estava em desacordo com o pedido pelas categorias, foi definido que o projeto fosse vetado, a pedido dos sindicatos.

Entretanto, o valor de reajuste só poderia ser concedido antes dos 180 dias do pleito eleitoral municipal. Agora, a categoria deve ficar com reajuste de 2,97%. O novo impasse trata-se de quem deverá redigir o novo projeto para que seja votado.