O foco desta vez é a corrupção no centro de pesquisa da Petrobras
A Polícia Federal de Curitiba deflagrou na manhã desta segunda-feira (4) a 31ª fase da Operação Lava Jato, batizada de “Abismo”. A operação acontece nos estados de São Paulo, Rio de Janeiro e no Distrito Federal.
Segundo a Jornal Folha de São Paulo, estão sendo cumpridos um mandado de prisão preventiva, quatro de prisões temporárias, sete de condução coercitiva e 23 de busca e apreensão. Um dos principais alvos é o ex-tesoureiro do PT Paulo Ferreira, que foi preso no último dia 24, dia seguinte da Operação Custo Brasil, que investiga desvios do Ministério do Planejamento. O mandado dele é de prisão preventiva.
Ferreira foi deputado federal pelo PT do Rio Grande do Sul de 2012 a 2014. Ele é casado com Tereza Campello, ex-ministra de Desenvolvimento Social e Combate à Fome do governo Dilma. As investigações desta segunda apuram fraude em licitação, pagamento de valores indevidos a servidores da Petrobras e repasse de recursos a partido político em virtude do sucesso obtido por empresas privadas em contratações como o projeto de reforma do Cenpes (Centro de Pesquisas da Petrobras), na Ilha do Fundão, zona norte do Rio de Janeiro.
Segundo a PF, são apuradas as práticas de crimes de corrupção, lavagem de dinheiro e fraude a licitação “num contexto amplo de sistemático prejuízo financeiro imposto à Petrobras”. O nome “Abismo” é uma referência às tecnologias de exploração de gás e petróleo em águas profundas desenvolvidas no Cenpes e à localização das instalações.
De acordo com as investigações, esquemas como o identificado “levaram a empresa aos recantos mais profundos da corrupção e da malversação do dinheiro público”. Com exceção de Ferreira, que já está detido na Superintendência da Polícia Federal em São Paulo, os presos serão levados à sede da Polícia Federal em Curitiba.