PMDB consegue assinaturas e sai na frente PSDB na montagem de blocos

Com isso, PMDB garante duas vagas nas Comissões

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Com isso, PMDB garante duas vagas nas Comissões

O consenso em montar dois blocos governistas, declarado na terça-feira (2) pelo secretário da Casa Civil de Reinaldo Azambuja (PSDB), Sérgio de Paula, foi derrubado nesta quarta-feira (3) pelos peemedebistas, que saíram na frente dos tucanos e já montaram bloco. Com isso, eles garantem duas vagas nas Comissões da ALMS (Assembleia Legislativa de Mato Grosso do Sul).

O deputado Eduardo Rocha (PMDB) apresentou o bloco do partido, com assinaturas de Mara Caseiro (PMB) e Márcio Fernandes (PTdoB). O PDT, que já contava com a assinatura de George Takimoto, acabou ficando de fora, já que Felipe Orro disse que ainda analisaria a possibilidade. Pelo regimento, quem tem maioria na Assembleia indica dois nomes para as comissões, que têm cinco representantes. Isso garante certo controle sobre análise de projetos.

Beto Pereira (PSDB) recolhia votos ainda nesta manhã para montar o bloco governista, já com apoio do DEM, PR, PSD e Lídio Lopes (PEN), que aceitou fazer parte com uma condição: que fosse ele o indicado do bloco para integrar a CCJ (Comissão de Constituição, Justiça e Redação), por onde passam todos os projetos. Sem o controle dela, o governo pode ter problemas com aprovação de propostas.

Com as pré-definições, devem integrar a CCJ os deputados Lídio Lopes, Barbosinha (PSB), Maurício Picarelli (PMDB), João Grandão (PT) e outro, ainda a ser definido pelos peemedebistas.

O adiantamento do PMDB em apresentar o bloco contradiz a afirmação de Sérgio de Paula. Se os peemedebistas tivessem aceitado passivamente o bloco do PSDB, não teria criado outro.  Bastaria fazer a divisão normal do restante das vagas, deixando duas para o bloco do governo, uma para o PMDB, uma para o PT e a outra para o restante dos deputados.

Com o bloco e duas vagas nas comissões o PMDB dá o primeiro passo para garantir certa independência de Azambuja. Somados os votos de PMDB e PT, em eventual oposição, eles teriam três integrantes em cada comissão e Azambuja, com dois, teria dificuldade em passar projetos e aumentaria a dependência do PMDB, que hoje está na base, mas que pode mudar a qualquer momento.

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