O alvo principal é o ex-assessor de José Janene, que morreu em 2010

Denominada “Operação Repescagem”, a Polícia Federal deflagrou na manhã desta segunda-feira (23), a 29ª fase da . Segundo o Jornal Estado de São Paulo, estão sendo cumprido mandatos em Brasília, Rio de Janeiro e Recife. O alvo principal é o ex-assessor do ex-deputado federal José Janene, ex PP, morto em 2010. Ele seria um dos mentores do esquema de loteamento político na Petrobrás.

De acordo com a publicação, ao todo estão sendo cumpridos 6 mandados de busca e apreensão, 1 mandado de prisão preventiva e 2 mandados de prisão temporária nas cidades de Brasília. Nesta etapa são investigados os crimes de formação de quadrilha, lavagem de dinheiro e corrupção passiva e ativa envolvendo verbas desviadas do esquema criminoso na Petrobrás. O nome dos investigados nao foram revelados.

Um dos investigados foi assessor do ex-deputado federal José Janene e tesoureiro do Partido Progressista. Foi, juntamente com o deputado, denunciado na Ação Penal 470 do STF (Mensalão), acusado de sacar cerca de um milhão e cem mil reais de propinas em espécie das contas da empresa SMP&B Comunicação Ltda., controlada por Marcos Valério Fernandes de Souza, para entrega a parlamentares federais do Partido Progressista, no escândalo criminal conhecido vulgarmente por “Mensalão”.

Naquele feito, foi condenado no julgamento pelo Plenário do STF por corrupção e lavagem, mas houve prescrição quanto à corrupção e, quanto à lavagem, foi ele posteriormente absolvido no julgamento dos sucessivos embargos infringentes sob o argumento de atipicidade.

Surgiram, porém, elementos probatórios que apontam a sua participação também no esquema criminoso que vitimou a Petrobrás, motivo pelo qual passou a ser investigado novamente na Operação Lava Jato, onde as investigações apontam que ele continuou recebendo repasses mensais de propinas, mesmo durante o julgamento do Mensalão e após ter sido condenado, repasses que ocorreram pelo menos até o ano de 2013.

A operação foi batizada de repescagem em razão do principal investigado já ter sido processado no Mensalão e agora, novamente, na Lava Jato. Os presos e o material apreendido devem ser levados ainda hoje para a PF em Curitiba.

Mais informações serão dadas na coletiva de imprensa que será concedida às 10h no auditório da Superintendência da PF em Curitiba, Paraná.