Petistas de MS reagem a debandada: ‘incomodados que se mudem’
Eles não acreditam em debandada pré-eleitoral
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Eles não acreditam em debandada pré-eleitoral
Embora admitam que o PT não está em uma das melhores fases, petistas de Mato Grosso do Sul não acreditam em debandada pré-eleitoral e avisam que não vão segurar filiados no partido. Ao contrário, preferem que os ‘incomodados’ realmente se mudem. Esta semana o ex-presidente regional do PT e prefeito de Corumbá, Paulo Duarte, anunciou saída, mas não abalou correligionários.
“Ele (Duarte) não vai puxar ninguém. Quem tiver que sair que saia, nós não vamos segurar ninguém”, resumiu rispidamente o atual dirigente, Antônio Carlos Biffi. Nesta mesma esteira opina o deputado federal e ex-governador do Estado, José Orcírio Miranda dos Santos, o Zeca do PT. Para ele é normal ter gente entrando e saindo da sigla, principalmente em momento de dificuldade como ocorreu no início da década de 1980.
“Depois atingimos o auge, o partido inchou e agora é hora de voltar ao normal. Mas é bom para se reencontrar e as pessoas têm a liberdade de sair. Acho que quem não está convicto suficiente de pensamento ideológico tem mais é que procurar lugar que se sinta melhor, ninguém tem que se sentir prisioneiro, não queremos incomodados com a gente”.
O líder da bancada petista na Assembleia Legislativa, Amarildo Cruz, acredita que é preciso muito mais para estremecer o PT, pois, para ele, a sigla sempre foi atacada pela grande mídia e por parte do Judiciário, mas tem o apoio da sociedade. “Se fosse outro (partido) já tinha sucumbido, mas somos um partido forte, isso (desfiliações) faz parte do momento. Confio na volta por cima, será mais uma que vamos superar”, concluiu.
No Mato Grosso do Sul o PT sofreu seguidas derrotas aos Executivos de Campo Grande e do Estado, sendo que o último a ocupar uma das funções foi Zeca que findou mandato em 2006. Em 2014 o senador Delcídio do Amaral chegou ao segundo turno contra Reinaldo Azambuja à sucessão estadual, mas foi vencido.
Agora o PT-MS corre o risco de perder única cadeira no Senado. Isso porque o parlamentar foi preso em novembro do ano passado acusado de tentar obstruir investigação da Operação Lava Jato. Em fevereiro foi conseguiu sair do cárcere, porém é alvo de processo no Conselho de Ética na Casa de Leis. Esta semana o relator do caso, Telmário Mota (PDT-RR), apresentou relatório favorável à cassação de Delcídio.
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