Pedido da PGR envolve dois ministros do STJ, , Dilma, AGU e Mercadante

Em pedido de abertura de inquérito, feito pela Procuradoria-Geral da República, para apuração de possíveis tentativas do governo (PT) de atrapalhar as investigações da Lava-Jato, figuram os nomes de dois integrantes do STJ (Supremo Tribunal de Justiça): o presidente do Tribunal, Francisco Falcão, e o ministro Marcelo Navarro Dantas.

O Jornal Folha de São Paulo noticiou nesta segunda-feira (16), que nas denúncias feitas em delação premiada pelo ex-senador , Falcão teria negociado a indicação de um novo integrante do STJ, Navarro, para que o colegiado tivesse maioria em seu apoio, durante os julgamentos dos casos da Lava-Jato. A delação foi homologada pelo STF (Supremo Tribunal Federal).

O pedido de apuração é sigiloso. A Procuradoria pretende que o STF investigue denúncias contra os ministros do STJ, contra a própria presidente afastada da República, contra o ex-presidente Lula, e contra o ex-advogado-geral da União, José Eduardo Cardozo.

Em sua delação, o ex-senador petista afirmou que a indicação de Navarro para o STJ teria como objetivo favorecer a defesa de empresários e políticos implicados na Lava Jato. 

No documento de pedido de abertura de inquérito, também consta o nome do ex-ministro da Casa Civil e da Educação, Aloizio Mercadante, acusado por Delcídio de tentar influenciá-lo a não colaborar com a Justiça, oferecendo ajuda financeira e lobby por sua soltura. O ex-ministro teria sido flagrado em conversas com o assessor do senador cassado, Eduardo Margazão.

A assessoria do STJ disse que não recebeu comunicado da PGR para fazer afirmações sobre os ministros citados. Tanto Navarro quanto Falcão negam as acusações de que poderiam ter influenciado nos resultados da Lava-Jato.

(Sob supervisão de Ludyney Moura)