Paralisação de obra em praça pública vira disputa política entre candidatos

Empresa abandonou obra há cerca de cinco meses

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Empresa abandonou obra há cerca de cinco meses

A demora na conclusão de uma obra em Jardim, município distante 238 quilômetros de Campo Grande, tem gerado polêmica durante este período eleitoral. Há cerca de cinco meses, a empresa T2 Engenharia e Arquitetura paralisou a revitalização da praça Lino Ribas, alegando falta de pagamento da Prefeitura. Agora, o assunto tem movimentado a disputa entre candidatos da cidade, enquanto a obra segue inacabada.

Alguns moradores defendem a atual gestão municipal, enquanto outros criticam o abandono da obra pela empresa. O servidor público Hugo Prado, por exemplo, confirma que a obra foi paralisada há aproximadamente cinco meses e defende o posicionamento da prefeitura. Segundo ele, não havia problema com os pagamentos feitos à empreiteira, conforme justificam. “Simplesmente paralisaram a obra sem apresentar qualquer justificativa. A prefeitura estava cumprindo o contrato”, garante.

Ainda em defesa do atual gestor, o servidor alega que o assunto “se tornou polêmica na cidade e que, mesmo a empresa tendo responsabilidade no contrato, os candidatos utilizam o abandono da obra contra o atual prefeito Erney Cunha Bazzano Barbosa (PT)”, que tenta reeleição. Já o proprietário da empresa vencedora da licitação, Rogers Pinheiro Teodoro, rebate as críticas, garantindo que a Prefeitura sempre atrasou com os pagamentos da obra, desde quando o contrato foi licitado em 2014.

“Mesmo sem repasses, continuamos cumprindo o contrato. Só decidimos paralisar em março deste ano, quando a Prefeitura acumulou dívida de aproximadamente R$ 45 mil”. Segundo Rogers, o total da obra custaria em torno de R$ 317 mil e a o prazo para conclusão era de quatro meses. “O atraso nos repasses que atrapalhou tudo, já era para esta obra estar concluída. Completamos 83% da construção e a Prefeitura só pagou 63%”, diz.

O Jornal Midiamax tentou contato telefônico com o candidato Erney Cunha, mas não obteve resposta até o fechamento desta matéria. Guilherme Monteiro, candidato a prefeito pelo PSDB, é apontado no município como o responsável pelas acusações contra Erney, mas também não atendeu as ligações. Ele é primo do empreiteiro Rogers Pinheiro.

Questionado sobre a paralisação da obra ter alguma ligação com o período eleitoral, o empresário nega. “A licitação foi feita muito antes e a paralisação da obra também. Estão citando meu nome por ser primo do candidato, mas uma coisa não tem nada a ver com a outra. Meu contrato é com a atual Prefeitura”, diz. Sobre a troca de acusações que envolve nome da empresa, Rogers alegou que pretende entrar com processo de calúnia e difamação contra os responsáveis. 

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