Para acampados na Afonso Pena, saída do PMDB ‘turbina’ impeachment
Decisão é vista como sinal de ‘fim do governo’
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Decisão é vista como sinal de ‘fim do governo’
Na tarde desta terça feira (29), o PMDB decidiu romper com o governo. O anúncio foi feito pelo pelo senador Romero Jucá (PMDB-RR) após uma reunião com integrantes da cúpula nacional. A decisão aumenta as expectativas que haja uma aceleração no processo de impeachment da presidente da República, Dilma Rousseff (PT), segundo integrantes do Movimento Chega de Impostos, que estão acampados na Avenida Afonso Pena desde o dia 16 de março.
“Nós acreditamos na queda do atual Governo desde quando decidimos acampar aqui. O nosso movimento é apartidário, e somos contra a corrupção. Hoje o alvo é a queda da presidente Dilma Rousseff e a prisão do ex-presidente Lula, porque eles estão em evidência no momento mas o que nós queremos é o fim da corrupção, seja qual for o partido político. Aqui ninguém tem politico de estimação”, afirmou José Olimpio, 50, engenheiro agrícola.
De acordo com uma integrante do grupo, Heloísa Lunardi, 65 anos, professora, eles estão ali em escala de revezamento, sem nenhuma liderança imposta. “O que incomoda é que as pessoas passam gritando para irmos arrumar um trabalho, mas eu já trabalhei tantos anos e já estou prestes a me aposentar, mas cada um aqui doa o pouco de tempo livre que tem para vir prestar solidariedade ao movimento que só quer o fim da corrupção”, afirmou. Eles afirmam que a chuva não os intimida, e que eles vão permanecer no local até a queda do atual governo.
No local estava também a estudante Myrella Lopes Guizardi, 19. Ela também acredita que a saída do PMDB do governo agiliza o processo de impeachment e por isso pretende continuar na mobilização. “Não me sinto intimidada com ameaças verbais de pessoas que passam aqui. Acredito no fim da corrupção independente do partido político”.
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