“Nunca aconteceu comigo”, diz Puccinelli sobre denúncia de Delcídio
Senador disse haver esquema de desvio de verba federal
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Senador disse haver esquema de desvio de verba federal
Em nota o ex-governador do Estado, André Puccinelli (PMDB), disse não fazer sentido trecho de delação premiada feita pelo senador Delcídio do Amaral que o cita. De acordo com o delato, o peemedebista, bem como o ex-secretário de Obras Edson Giroto (PR), tinham suposto esquema de arrecadação de verba federal para financiar campanha eleitoral.
“Não faz o menor sentido porque isso nunca aconteceu comigo”, se limitou a dizer Puccinelli por meio da assessoria de imprensa. Segundo o relato homologado na manhã desta terça-feira (15), Delcídio afirma ter conhecimento das operações ilegais por meio do próprio Giroto.
Segundo ele, o então ministro dos Transportes, Alfredo Nascimento, que coordenou os principais projetos nas áreas de rodovias, ferrovias e postos no país, usava a posição para articular investimentos com os governadores e manter a bancada do PR unida. Tudo seria ‘um jogo combinado’ entre Alfredo, Puccinelli e Giroto.
Desta forma foi realizado um “acordo ilícito” a fim de promover a descentralização de todos os investimentos federais no Estado, facilitando a arrecadação de propinas. O ex-secretário de Obras seria o responsável pela operacionalização desta descentralização de investimentos, sendo que a propina arrecadada era repassada ao PR e ao PMDB, através do ministro. Tudo para financiar campanhas regionais e nacionais.
O ex-petista cita, ainda, Operação Lama Asfáltica e afirma que somente alguns pontos foram descobertos, mas que já foi “grande o suficiente” para que o MP (Ministério Público) e a Polícia Federal iniciassem as investigações que, “aparentemente, vêm enfrentando dificuldades em avançar as investigações”.
Giroto arrecadou R$ 7.667.903,84, em 2012 valor bem acima do angariado por Nelsinho Trad (PTB) em 2014, quando disputou o governo pelo PMDB e conseguiu R$ 5.265.374,00 em doações. Em 2010, foram doados R$ 7.444.478,10 para campanha de reeleição de Puccinelli e o republicano R$ 3.029.400,00 para disputar o cargo de deputado federal. Ambos tiveram as campanhas mais caras daquele ano.
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