Ele abriu mão de candidatura

O ex-deputado federal Marçal Filho (PSDB) recuou no discurso de que deixaria a cúpula tucana caso a promessa de candidatura à prefeitura de Dourados não fosse cumprida e protelou disputa eleitoral para 2018. Com a ida do deputado federal Geraldo Resende ao PSDB o acordo feito entre ele e o governador do Estado Reinaldo Azambuja (PSDB) foi desfeito, mas, mesmo assim, o chefe do Executivo conseguiu deixá-lo na fila de espera das prioridades partidárias.Marçal recua no discurso sobre traição e aceita ficar na 'fila' para 2018

Isso porque Marçal migrou do PMDB ao PSDB em junho do ano passado justamente porque a sigla o preteriu e colocou Resende como pré-candidato ao comando de Dourados. Com promessa de conseguir viabilizar candidatura ele aceitou convite de Azambuja e, segundo dizia, desde então já trabalhava como tal na cidade em busca de alianças e novos filiados.

Mas, no último dia 17, o peemedebista também voou ao ninho tucano com essa mesma promessa de representar a legenda na disputa pelo Executivo do segundo maior município de Mato Grosso do Sul. Diante disso, Marçal cogitou novamente mudar de partido e até voltar ao PMDB. À época ele alegou que, mesmo como presidente municipal do diretório de Dourados, sequer foi comunicado sobre o ingresso do ex-colega.

Porém, na manhã desta segunda-feira (28), depois de se reunir com Azambuja, o discurso ganhou outro tom. “Não vou fazer nada que possa prejudicar projeto (do PSDB). Sempre quis ser candidato a prefeito, mas se for o Geraldo ele faz parte do projeto e não tenho dificuldade em abrir mão”, disse ao Jornal Midiamax.

Ele explicou que o interesse do governador e do presidente nacional do PSDB, senador Aécio Neves, é de manter a bancada federal tucana sul-mato-grossense e com a saída de Resende em uma possível vitória para prefeito, ele seria o candidato à Câmara pela região de Dourados na próxima eleição. “Em 2018 ele não estaria mais como candidato a deputado, estamos pensando nisso”, concluiu.