Justiça liberta Cachoeira e mais 2 presos na operação Saqueador

Eles estão em prisão domiciliar

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Eles estão em prisão domiciliar

Os empresários Fernando Cavendish, Carlos Augusto Ramos, o Carlinhos Cachoeira, e Adir Assad, tiveram decretada prisão domiciliar nesta sexta-feira (1º), pelo desembargador Ivan Athiê, do Tribunal Regional Federal da 2ª Região. Eles haviam sido presos no dia 30 de junho na operação Saqueador, que revelou esquema de lavagem de dinheiro no grupo com verbas públicas. 

Segundo informações do jornal Folha de São Paulo, ainda foram beneficiados, Cláudio Abreu, ex-diretor da Delta Construções e Marcelo José Abbud, também detidos na operação. Fernando Cavendish, único a não ser preso na ação por estar no exterior, também será beneficiado. Todos terão que cumprir a prisão em casa e precisarão usar tornozeleiras eletrônicas.

No último dia 28, o juiz Marcelo Bretas, da 7ª Vara Federal Criminal aceitou a denúncia contra 23 pessoas feitas pelo procurador Leandro Metidieri, do MPF (Ministério Público Federal) pelo crime de lavagem de dinheiro. No mesmo dia, o magistrado pediu a prisão dos cinco empresários. Nas investigações, a Polícia Federal e o MPF descobriram que entre 2007 e 2012, a empresa Delta recebeu R$ 11 bi em contratos públicos, sendo R$ 6,6 bi vindos de contratos com o Dnit (Departamento Nacional de Infraestruturas de Transportes). 

Prejuízo aos cofres públicos

De acordo com a Polícia, a Delta, através de seu escritório central e de outros regionais, realizou pagamentos a 18 empresas de fachada criadas por Carlos Cachoeira e por Adir Assad. PF e MPF calculam que R$ 370 milhões tenham sido lavados através dessas empresas. A Polícia Federal investiga se esse dinheiro foi repassado à agentes públicos.

O procurador José Augusto Vagos lamentou a decisão. “Fico a imaginar quais situações em concreto justificariam uma prisão cautelar para sua excelência, que, com todo respeito, sequer deu chance à PRR2 (Procuradoria Regional da República da 2ª Região) de ser ouvida. Foi um desprestígio para os órgãos que trabalharam duro nesta operação. Houve um gasto enorme de tempo, dinheiro, e sem maiores considerações e aprofundamentos, concedeu-se prisões domiciliares em série”, disse o procurador.

 

Carlos Augusto Ramos, o Carlinhos Cachoeira, foi escoltado por agentes de PF em voo / Foto: Folha de São Pau

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