Governo inicia campanha para uso de cinto de segurança em ônibus e vans

Segundo dados da Agepan, apenas 2% dos passageiros utilizam acessório

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Segundo dados da Agepan, apenas 2% dos passageiros utilizam acessório

Apesar de obrigatório, apenas 2% dos usuários do transporte coletivo intermunicipal e interestadual em Mato Grosso do Sul utilizam o cinto de segurança, segundo dados apresentados pela Agepan (Agência Estadual de Regulação de Serviços Públicos). Diante do problema, o governo do Estado, em parceria com outras instituições, iniciou nesta quinta-feira (8) uma campanha de conscientização.

A disponibilidade do cinto de segurança é obrigatória nos ônibus rodoviários produzidos a partir de 1999, porém, segundo o diretor-presidente da Agepan, Youssif Assis Domingos, apenas 2% dos usuários utilizam o acessório de segurança. “Em MS, existem cerca de 1,8 mil ônibus e vans cadastrados para transporte de passageiros, e cerca de 1,5 mil viagens por dia. A não utilização se torna um fator de risco, que pode ser evitado”, explicou.

Além do governo e da Agepan, participaram da elaboração da campanha, membros do MPF (Ministério Público Federal), PRF (Polícia Rodoviária Federal), Detran (Departamento Estadual de Trânsito) e Observatório Nacional de Segurança Viária.

Durante o lançamento, realizado nesta tarde, o governador do Estado, Reinaldo Azambuja (PSDB) não revelou quanto foi gasto com a campanha, que tem duração prevista de três meses. Segundo ele, a campanha é resultado de parceria entre diversas instituições, e financiada, em parte, com recursos da própria Agepan.

“A campanha é para conscientização da importância do uso do cinto. Existe um número enorme de acidentes que resultam em pessoas acamadas, em cadeiras de rodas e até em óbito. Boa parte disso poderia ser evitado, apenas se tivessem a consciência e utilizassem o cinto”, afirmou, comparando o número de mortes em rodovias (cerca de 2 mil por ano), à uma “verdadeira guerra”. O governador também ressaltou importância de blitzes educativas e para fiscalização de irregularidades, para ajudar no processo de educação da sociedade.

A procuradora do MPF, Danilce Vanessa Camy, incentiva a campanha. Ela explica que a punição prevista para o uso do cinto é destinada ao motorista. “Neste caso fica complicado avaliar uma pena ou multa, até porque, geralmente a falta do uso por parte dos usuários é justamente pela falta de conscientização. Sabemos que o uso do cinto reduz em 70% o número de chances do passageiro se machucar e até 40%, o número de mortes”.

A campanha educativa conta com vídeos que serão veiculados na TV, além de propagandas de rádio. Também existe material impresso, que será distribuído especialmente, em rodoviárias do Estado. 

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