Presidente da Assembleia diz que corregedor decidirá futuro de deputados

O presidente da Assembleia Legislativa, deputado Junior Mochi (PMDB), revelou na manhã desta segunda-feira (7), durante agenda pública na governadoria, que um possível julgamento por quebra de decoro dos deputados (PR) e Felipe Orro (PSDB), flagrados em uma conversa discutindo possíveis fraudes no controle de frequência de servidores, está nas mãos da corregedoria da Casa.

Mochi explicou que o corregedor, o deputado Maurício Picarelli, do mesmo partido de Orro, o PSDB, é quem está analisando o caso, e que deverá convocar testemunhas, como o pastor responsável pela gravação da conversa, para prestar esclarecimentos.

“Ela (corregedoria) vai sugerir, ou não, a instalação da comissão de ética para apurar existência da ausência de decoro parlamentar”, frisou o presidente da Assembleia.

Três advogados protocolaram na última quinta-feira (3) um pedido de abertura de um processo disciplinar e instauração da comissão de ética para investigar Corrêa e Orro. Todavia, a Assembleia, destacou Mochi, só tomará tais providências após o parecer final a ser emitido por Picarelli ser encaminhado à Mesa Diretora da Casa.

O deputado do PMDB ainda destacou que um inquérito civil já tramita no MPE-MS (Ministério Público Estadual) que apurar eventual prática de improbidade administrativa, por parte dos dois deputados flagrados na conversa.

Apesar de salientar que prefere não emitir opinião sobre o caso até conclusão dos trabalhos do corregedor, Mochi destacou que o Ministério Público pode pedir à Justiça suspensão do mandato e perda dos direitos políticos de Paulo Corrêa e Felipe Orro.