Estado repassou R$ 25 milhões à Santa Casa e diz que gestão plena é da prefeitura
R$ 25 milhões em 2016
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R$ 25 milhões em 2016
O Governo do Estado de Mato Grosso do Sul contrapôs em nota as informações divulgadas pela prefeitura sobre os repasse de verbas feitos à Santa Casa. Nesta terça-feira (29), o prefeito Alcides Bernal (PP), negou a possibilidade de aumentar os repasses feitos para a Santa Casa. Segundo ele, a administração municipal já repassa anualmente R$ 240 milhões e caberia ao governo estadual dar o aumento.
“A prefeitura repassa R$ 240 milhões por ano para Santa Casa. Um dos maiores beneficiários do recurso público municipal é a Santa Casa. É muito dinheiro. Eu acho que já estamos fazendo a nossa parte, agora cabe ao estado, fazer a sua parte”, afirmou em resposta a possibilidade do município assumir responsabilidade de manutenção sobre o Pronto Socorro.
Na nota, o Estado informa que já viabilizou R$ 25 milhões para a Santa Casa em 2016, mesmo sendo a saúde gestão plena da prefeitura. Ainda segundo o Governo do Estado, vem colaborando mensalmente com o pagamento de R$ 2,570 milhões que está em dia.
Leia a nota:
O governo do estado contrapõe informações divulgadas pela prefeitura de Campo Grande e reitera o cumprimento de seus compromisso com a reestruturação da Santa Casa, garantindo serviços de saúde para um dos maiores hospitais do Estado. Mesmo com o serviço sendo de gestão plena da prefeitura, o governo vem colaborando mensalmente com o pagamento de R$ 2,570 milhões, que segue rigorosamente em dia.
Ao longo do mandato do governador Reinaldo Azambuja, o financiamento teve reajuste de R$ 1 milhão mensal e soma – de janeiro de 2015 a novembro de 2016 – um total de R$ 43,6 milhões. Até dezembro de 2015, os pagamentos mensais eram de R$ 1,570 milhão. Em dezembro, o governo assinou um convênio que garantiu o acréscimo de R$ 500 mil no valor pago pelo ente estadual, passando assim para R$ 2,070 milhões por mês. Em 2016, um novo incremento foi assinado junto ao hospital em julho, subindo o recurso em mais R$ 500 mil, totalizando R$ 2,570 milhões – valor atual pago mensalmente.
O maior repasse que dá sustentação aos atendimentos do hospital vem do governo Federal, por meio do Ministério da Saúde, avaliado em torno de R$ 13 milhões por mês, além de um pós-fixado que varia de acordo com a produção hospitalar, no valor máximo de R$ 2,9 milhões. À prefeitura cabe o repasse de R$ 3,25 milhões e o estado R$ 2,57 milhões, ambos mensais.
Vale destacar que os atendimentos de referência como neurocirurgia, ortopedia, queimados, cirurgias cardíacas, entre outros, são pagos pelo Ministério da Saúde com base na população de todo o estado. Também, os pacientes que são regulados de municípios do interior, tem recurso das prefeituras de origem destinados para custear os atendimentos.
Sobre as afirmações acerca da Caravana da Saúde, o governo reforça que o objetivo dos atendimentos realizado em todos os 79 municípios foi o de acabar com a demanda reprimida deixada pelas gestões anteriores, dando alento a pacientes que estavam há mais de 10 anos na espera. Ao todo foram feitas 50 mil cirurgias, 850 mil procedimentos, mais de 100 mil consultas, 34 mil exames. Aliada à Caravana, o governo segue com as ações para reestruturar a lógica regional da Saúde em MS.
“Sabemos que um problema crônico como o da saúde não se resolve em um ano e 11 meses, mas tenho certeza que quando as estruturas da lógica da regionalização estiverem funcionando, poderemos normalizar o atendimento dos hospitais de referência, como é o caso da Santa Casa. Saúde é nossa prioridade”, encerrou o governador Reinaldo.
Hospital do Trauma
Além do financiamento mensal com recursos próprios, o governo está investindo na conclusão do Hospital do Trauma da Santa Casa de Campo Grande, que é atualmente uma das obras mais emblemáticas da Capital. O hospital faz parte do programa Obra Inacabada Zero, e vai entregar à população uma unidade aguardada há cerca de 20 anos, com expectativa de entrega em junho de 2017.
Com a conclusão teremos 128 novos leitos, sendo 100 de enfermaria, 18 de observação, 10 UTIs, cinco salas de cirurgia e três de isolamento. A previsão é que a nova unidade urgência e emergência do Estado realize anualmente 10 mil internações, nove mil cirurgias, 500 internações, 10 mil consultas, além de ampliar os serviços de diagnósticos clínicos e de imagens.
Regionalização
Para desafogar os atendimentos em Campo Grande, o governo vem reestruturando os atendimentos no interior do estado, com abertura de leitos de UTI, hemodiálise, doação de equipamentos, melhorias em infraestrutura e construção dos hospitais regionais de Três Lagoas e Dourados.
“A lógica do governo do estado é aplicar a descentralização da saúde através da regionalização. Por isso estamos investindo na abertura de novos leitos no interior também, evitando uma concentração de atendimentos em Campo Grande. Temos certeza que todos os esforços que vem sendo empreendidos serão o grande diferencial para a rede de atendimentos em saúde”, destacou o secretário estadual de Saúde, Nelson Tavares.
Investimentos em Campo Grande
Para auxiliar nos atendimentos de saúde da Capital, em um ano e 10 meses, o Governo inaugurou 70 leitos de UTI, sendo 10 neonatais e 60 adultos em seis hospitais de Mato Grosso do Sul. Foram 20 novos leitos de UTI adulto no Hospital Alfredo Abrão, 10 leitos de UTI no Hospital Regional, 10 leitos no Hospital da Vida em Dourados, 10 leitos de UTI no Hospital Regional de Nova Andradina e mais 10 leitos no Hospital Regional de Ponta Porã.
Os 20 leitos do Hospital do Câncer são custeados pelo governo que paga R$ 900 mil mensais, apesar de serem regulados pelo município de Campo Grande.
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