Em 27 dias, apenas um parente dos presos da Lama Asfáltica vai visitá-los

Giroto, Amorim, Beto e Flávio receberam uma visita

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Giroto, Amorim, Beto e Flávio receberam uma visita

Os quatro homens presos na segunda fase da Operação Lama Asfáltica, denominada Fazendas de Lama, estão presos há 27 dias e durante todo este tempo, apenas um parente solicitou a carteirinha de visita. Estão no Centro de Triagem, no complexo do Presídio de Segurança Máxima de Campo Grande, os empresários João Amorim e Flávio Henrique Garcia, o ex-deputado federal Edson Giroto e ex-diretor da Agesul Wilson Roberto Mariano.

A operação foi deflagrada no dia 10 de maio. Na ocasião eles foram levados para a Denar (Delegacia Especializada de Repressão ao Narcotáfrico), por falta de vaga e no dia 16 de maio, foram encaminhados para o Centro de Triagem, onde permanecem presos.

“Até onde eu sei, somente um parente pediu que fosse feita a carteirinha, mas não sei dizer de qual preso foi e nem se já chegou a fazer a visita. Quanto a rotina deles no Presídio, é a mesma dos demais presos”, resumiu-se a dizer o Diretor-Presidente da Agepen (Agência Estadual de Administração do Sistema Penitenciário), Ailton Stropa.

Quatro mulheres também estão presas desde a mesma data, mas todas elas conseguiram autorização para cumprirem em regime domiciliar. Elza Cristina Araújo, Mariane Mariano de Oliveira tiveram o benefício aceito por terem filhos pequenos, Rachel Giroto por ser advogada e Ana Paulo Amorim Dolzan, presa em Porto Alegre não foi informado o motivo.

Na ocasião, Elza e Mariane foram levadas para a 3ª Delegacia de Polícia e depois liberadas para ficarem em casa. Somente Rachel Giroto foi levada para o Presidio Militar por sua formação superior, mas em seguida também teve o direito de cumprir em seu domicílio.

Recentemente eles tiveram HC (Habeas Corpus) negado pela Justiça Federal. A Polícia Federal apreendeu, nesta operação, R$ 475 mil em espécie e mais 50 mil dólares em Campo Grande e em São Paulo. Convertido em reais, os 50 mil dólares gira em torno de R$ 173 mil, por causa da cotação da moeda americana que está em R$ 3,467.

A ação foi feita em conjunto com a Controladoria Geral da União e Receita Federal. De acordo com a PF, a objetivo dessa nova fase é apurar procedimentos utilizados pelos investigados na aquisição de propriedades rurais com recursos públicos desviados de contratos de obras públicas, fraudes em licitações e recebimento de propinas, resultando também em crimes de lavagem de dinheiro.

A operação, que envolveu 201 policiais federais, 28 da Controladoria Geral da União e 44 da Receita Federal cumpriu 28 mandados de busca e apreensão e 15 mandados de prisão temporária, bem como 24 mandados de sequestro de bens dos investigados, dentre eles imóveis rurais e urbanos e contas bancárias. Dos 15 presos, setem foram liberados.

 

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