Diante denúncia de golpe, vereadores querem ouvir Elizeu sobre relatório de CPI

Tucano foi relator da chamada CPI do Calote

Ouvir Notícia Pausar Notícia
Compartilhar

Tucano foi relator da chamada CPI do Calote

A Câmara de Campo Grande quer relembrar os motivos que levaram à abertura do processo que culminou com o afastamento do prefeito, após denúncia do MPE-MS (Ministério Público de Mato Grosso do Sul) envolvendo 13 vereadores e outras 11 pessoas, no relatório final da Operação Coffee Break, que investigou suposto esquema de negociata para cassação de Alcides Bernal (PP), em março de 2014.

O vereador Edil Albuquerque, hoje no PTB, solicitou à Mesa Diretora que convide o ex-vereador e atual deputado federal Elizeu Dionizio, hoje no PSDB, para “vir a esta Casa de Leis discorrer sobre o relatório final referente à Comissão Parlamentar de Inadimplência (chamada CPI do Calote) para os nobres pares e toda a população campo-grandense”, justifica o petebista.

Segundo o vereador, o relatório da CPI do Calote, que embasou a abertura da Comissão Processante, constatou ‘irregularidades e ilicitudes praticadas pelo prefeito Alcides Bernal’, o que resultou na cassação do mandato.

“A população precisa relembrar, e até o ministério público precisa relembrar, os crimes praticados pelo Bernal. Foram sete crimes que resultaram no afastamento”, alega Edil. 

Edil convidou deputado para 'relembrar' crimes de Bernal, Foto, Cleber Gelio

 O parlamentar, que à época pertencia ao PMDB, revela  que já conversou com Elizeu e que este já se prontificou a ir à Câmara discorrer sobre o relatório, bem sobre os ‘crimes de infrações político-administrativas’ que teriam sido praticadas por Bernal durante sua primeira passagem pela prefeitura.

Edil afirma ainda que se é acusado pelo MP de assumir a Sedesc (Secretaria Municipal de Desenvolvimento Econômico, Turismo, Ciência e Tecnologia e Agronegócio), pasta que há havia ocupado na gestão de Nelsinho Trad (PTB), e que se assumir cargos é um ‘crime’, então Bernal e o ex-vereador Paulo Pedra (PDT) também deveriam ter sido incluídos no rol de denunciados, uma vez que o pedetista deixou a Câmara para ser secretário de governo do progressista tão logo este retornou ao Paço Municipal.

Questões burocráticas, pontua o vereador, precisam ser dirimidas antes que a visita do parlamentar federal seja confirmada na Câmara de Campo Grande.

Dentre os crimes relatados na CPI, que teriam sido praticados por Bernal, estavam a dispensa ilegal de licitação para fornecimento de merenda, prevaricação e omissão de informações aos vereadores. 

Diante denúncia de golpe, vereadores querem ouvir Elizeu sobre relatório de CPI

Conteúdos relacionados

prefeito urt eleições