Deputados de partidos citados em delação negam ilegalidades em doações
Parlamentares afirmam que informações são declaradas
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Parlamentares afirmam que informações são declaradas
O vazamento da delação premiada do senador Delcídio do Amaral (sem partido) afirmou que desvios em investimentos federais em Mato Grosso do Sul, oriundos do Ministério dos Transportes, irrigaram a campanha do PMDB e do PR, em 2010, mas a informação é negada por parlamentares dos partidos.
Segundo Delcídio, o então ministro da pasta, Alfredo Nascimento, se juntou ao ex-governador André Puccinelli (PMDB) e ao ex-secretário estadual de obras, Edson Giroto (PR), organizaram um esquema de propina no Estado na eleição que culminou com a reeleição do peemedebista e a eleição do republicano com deputado federal.
Nascimento ocupou a pasta primeiramente entre 2004 e 2006, retornou em 2007 e ficou até 2011, quando deixou o ministério sob acusação de que seu filho foi denunciado por enriquecimento ilícito e seus assessores acusados de participarem de esquema de desvio de recursos públicos.
O deputado estadual Junior Mochi, presidente da Assembleia e também do diretório regional do PMDB, negou qualquer irregularidade nas doações de sua campanha. “Não pode criminalizar o partido, isso é um erro. Todos os partidos têm pessoas boas e ruins. É preciso olhar o comportamento ético e moral dos candidatos. Não vou aceitar que me coloquem na vala comum”, afirmou o parlamentar.
Ele recebeu, em 2010 diretamente de Puccinelli, R$ 82,3 mil. O ex-governador arrecadou R$ 17,8 milhões em sua última campanha ao governo estadual, dos quais distribuiu a candidatos nas proporcionais R$ 10 milhões. Entre esses valores, empreiteiras que mantiveram contratos com o governo do Estado e que executaram obras com dinheiro federal.
Já o deputado Paulo Corrêa (PR), do partido que em 2014 foi um dos principais aliados de Delcídio, também negou irregularidades, e acusou Delcídio de tentar ‘fazer sensacionalismo’. “O Brasil precisa ser passado a limpo, mas o senador fez de um limão uma limonada”, declarou. Segundo ele, todas as suas doações foram declaradas e aprovadas pela Justiça Eleitoral.
“Recebi da Camargo Correa, por exemplo. Eu não conheço ninguém de lá. Mas o PR era aliado do Delcídio, então quem conseguiu essa doação para mim? As doações chegam por aliados partidários e eu aceito todas. Não vou negar ajuda financeira para campanha, sou político e o dinheiro que vem para mim é declarado. Minha obrigação é declarar tudo e eu o faço, então não há irregularidade nenhuma”.
Além de Corrêa e Mochi, outros deputados que permanecem na Assembleia, como os peemedebistas Eduardo Rocha e Marcio Fernandes, também receberam valores de Puccinelli em 2010. Onevan de Matos (PSDB) é outro que aparece na lista dos beneficiários do ex-governador. O ex-deputado estadual e agora deputado federal, Carlos Marun também recebeu do ex-chefe R$ 82,3 mil.
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