Esquema de notas frias para corrupção é apurado

Depois de cinco horas, as equipes do (Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado) e da força-tarefa da Lama Asfáltica do MPE MS (Ministério Público Estadual de Mato Grosso do Sul) deixaram o escritório de contabilidade ligado à Proteco Engenharia, do empresário João Alberto Krampe Amorim. Foram cumpridos cinco mandados de busca e apreensão.

Os trabalhos no escritório foram desenvolvidos por seis policiais e um promotor. Eles deixaram o local com um envelope pardo e uma pasta. De acordo com informações do MPE-MS, a operação, batizada de Caduceu, tem o objetivo de desarticular um esquema de emissão de notas fiscais frias com o fim de praticar crimes de corrupção, sonegação e lavagem de dinheiro envolvendo profissional de contabilidade e empresas envolvidas na Operação Lama Asfáltica.

A Operação Lama Asfáltica já cumpriu diversos mandados contra empresários, empreiteiros e políticos de Mato Grosso do Sul para investigar, inicialmente, o prejuízo de R$ 11 milhões na construção de obras com recursos federais.

Na avaliação da Polícia Federal, João Alberto Krampe Amorim contou com a ajuda da gestão de Puccinelli para montar uma organização criminosa que atuava em várias obras do governo do Estado, com direcionamento de licitação e superfaturamento. O nome de João Baird também é apontado na investigação, como um dos empresários beneficiados com contratos.  

Na força-tarefa do MPE MS atuam promotores que, em publicação recente do diário oficial do órgão, permanecerão designados mais seis meses apurando o esquema, que já é uma das investigações mais longas e complexas no Estado. 

Caduceu é o símbolo da contabilidade. É representado pelo bastão (poder) entrelaçado com duas serpentes (sabedoria), tendo na parte superior duas pequenas asas (diligências) e um elmo alado (pensamentos elevados)