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Polícia

‘Financeiro’ do PCC em esquema de lavagem de dinheiro já havia sido presa com salgadinhos roubados

Viviane Fontoura Holsback repassava dinheiro das operações ilícitas a demais membros da organização criminosa implicada na Operação Last Chat
Gabriel Maymone -

Apontada como uma das responsáveis por repasses financeiros de esquema do PCC (Primeiro Comando da Capital) de do tráfico de drogas e armas, Viviane Fontoura Holsback já havia sido presa em setembro de 2017 com carga de salgadinhos roubada. Ela repassava dinheiro das operações ilícitas a demais membros da organização criminosa implicada na Operação Last Chat.

Conforme a polícia, ela estaria tentando vender salgadinhos com preço muito abaixo para comerciantes na região do bairro Nhanha. A investigação concluiu que ela estava com uma carga roubada de alimentos e foi presa junto com o cunhado Roberson Batista da Silva.

O que chamou atenção na época foi o fato da prisão de Viviane ocorrer um dia após a irmã, Mayara Fontoura Holsback ter sido assassinada. O principal suspeito do crime era justamente o companheiro, Roberson, que possuia, na época, mais de dez passagens pela polícia apenas de situações de violência doméstica.

Roberson foi julgado no dia 1º de novembro de 2018 e condenado a 17 anos de prisão.

Organização altamente estruturada

A Operação Last Chat é para desmantelar organização criminosa altamente estruturada que opera no tráfico de drogas em cinco estados, desde o interior dos presídios, contando com uma rede sofisticada de distribuição e vários integrantes e apoiadores já identificados, cerca de 40 membros, entre eles policiais militares, servidor público municipal e três advogados.

A organização criminosa também atuava no comércio ilegal de armas de grosso calibre, como fuzis e submetralhadoras, além de granadas, munições, acessórios e outros materiais bélicos de uso restrito, bem como na lavagem do dinheiro relacionado aos crimes, para a qual se utiliza de diferentes métodos, como a constituição de empresa fictícia, uso de contas bancárias de terceiros, aquisição de veículos de alto valor econômico em nome de terceiros – Porsche, caminhões, entre outros.

Confira a lista dos presos:

  • Anderson da Silva Ferreira, conhecido como ‘Ninho’
  • Aldair Antonio Garcia
  • Alex Benitez Gamarra
  • Ferreira Alves
  • Cybelle Bezerra da Silva
  • Debora Cristina dos Santos
  • Edson Ribeiro de Souza
  • Fabiano Augusto 
  • Francisco Jales
  • Francisco Moura Amorim
  • Glenio Cesar da Costa 
  • Italo Eufrasio Lemos
  • Jardeson Marx Teixeira
  • Kelli Letícia de Campos
  • Kelmo de Oliveira
  • Klemerson Oliveira
  • Lindisleir Aguilera do Nascimento
  • Lucas Eric Ramires 
  • Luciana Lima
  • Mayron Mendes
  • Paula Tatiane Monezzi
  • Rafael da Silva Lemos, o ‘Gazela’
  • Renan Santana de Souza
  • Ricardo Rodrigues
  • Sérgio Simão
  • Sérgio Vinicius
  • Suelen Pereira 
  • Valdinei Freitas
  • Viviane Fontoura

Passadeira e aposentado eram ‘laranjas’ de esquema

A facção criminosa do PCC (Primeiro Comando da Capital) usava de passadeira até aposentados como ‘laranjas’ em esquema de lavagem de dinheiro para o tráfico de drogas e armas. O esquema foi desmantelado em investigação do (Grupo de Atuação Especial de Repressão ao Crime Organizado), que deflagrou a Operação Last Chat com alvos membros do grupo, que eram policiais militares, advogados e servidor público. No total, 29 pessoas foram presas.

Todos que receberam dinheiro da empresa de fachada criada especialmente para fazer a lavagem de dinheiro do tráfico de drogas feito pela organização estão sendo ouvidos entre esta quinta e sexta-feira na sede do Gaeco, em Campo Grande.

Advogada recebeu R$ 100 mil para obter informações sigilosas de policiais

A advogada é apontada pela denúncia do Gaeco como a ponte entre o preso Rafael da Silva Lemos, conhecido como ‘Gazela’, que está encarcerado em penitenciária, mas continuava a dar ordens para a organização na logística do transporte de drogas. Segundo a denúncia, uma empresa foi criada especialmente para fazer a lavagem de dinheiro do tráfico de drogas feito pela organização. 

A advogada que atuava como ‘gravata’ para a organização criminosa ainda levantava informações sigilosas para Rafael. A denúncia traz que a advogada teria recebido da organização criminosa mais de R$ 100 mil. Sabe-se também que um dos integrantes da organização havia sido preso quando transportava drogas.

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